A liberdade de
apresentar formas livres, apesar de sustentadas pela idéia geométrica, e criar
composições inéditas baseadas no juízo visual pessoal de acordo com a
disposição de cores e linhas é o campo que me abre a esta série; a experiência
expressionista permanece, apesar de ser disfarçada por um concretismo fake, por
isso designo-o de pós.
É difícil pensar
como acontece a forma ou a configuração do quadro, mas da mesma maneira que há
fundamentalmente a experiência do enquadramento regendo uma totalidade, a coisa
se constrói no momento contingente da primeira ação e sucessivamente até encontrar
uma unidade.
Mais difícil foi ainda
pensar que tipo de pintura me influenciava neste momento e percebi que se
tratava mais de um movimento da experiência proporcionada pela forma através
dos demais elementos (tinta, carvão, pincel) com a simples contemplação de
experiências estéticas amalgamadas, como concretismo, mas totalmente diluído no
movimento livre. Como arquitetura moderna. Depois percebi que raras vezes a
forma circular não se apresentou, mas além deste fator, algumas linhas que se
repetem transversalmente de diferentes maneiras.
Percebo
também minha relação com o turquesa, sempre surgido nas misturas como que necessária;
lembro de ter – em meados dos anos 90 – pedido o piso emborrachado do meu
quarto de algo aproximado ao que chamávamos de “verde água”; depois reencontro
fortemente no vaporwave, de onde talvez reforce a ideia de sua presença estar
relacionada a infância, as questões estéticas desta época, desde o final dos
anos 1980.
Diego Marcell
28/02/2019
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