7.6.19

FORMAS PÓS-CONCRETAS

A liberdade de apresentar formas livres, apesar de sustentadas pela idéia geométrica, e criar composições inéditas baseadas no juízo visual pessoal de acordo com a disposição de cores e linhas é o campo que me abre a esta série; a experiência expressionista permanece, apesar de ser disfarçada por um concretismo fake, por isso designo-o de pós.
            É difícil pensar como acontece a forma ou a configuração do quadro, mas da mesma maneira que há fundamentalmente a experiência do enquadramento regendo uma totalidade, a coisa se constrói no momento contingente da primeira ação e sucessivamente até encontrar uma unidade.
Mais difícil foi ainda pensar que tipo de pintura me influenciava neste momento e percebi que se tratava mais de um movimento da experiência proporcionada pela forma através dos demais elementos (tinta, carvão, pincel) com a simples contemplação de experiências estéticas amalgamadas, como concretismo, mas totalmente diluído no movimento livre. Como arquitetura moderna. Depois percebi que raras vezes a forma circular não se apresentou, mas além deste fator, algumas linhas que se repetem transversalmente de diferentes maneiras.
            Percebo também minha relação com o turquesa, sempre surgido nas misturas como que necessária; lembro de ter – em meados dos anos 90 – pedido o piso emborrachado do meu quarto de algo aproximado ao que chamávamos de “verde água”; depois reencontro fortemente no vaporwave, de onde talvez reforce a ideia de sua presença estar relacionada a infância, as questões estéticas desta época, desde o final dos anos 1980.  

Diego Marcell
28/02/2019



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