Nunca
imaginei que minha mãe fosse uma pessoa tão baixa, dessas que joga sujo com o
filho porque foi ferida. Mesmo depois do perdão, a arrogância exalou. Mesmo depois
de toda a história, o ódio se fez maior. Mesmo depois dos argumentos mais
coerentes, só o absurdo infundado foi expresso.
Ela
juntou todos os boatos que ouviu fez uma verdade acabada e declamou aos quatro
ventos, que baseado numa soberba – dela não herdada, diga-se de passagem – que eu
era o pior ser do mundo e jamais mudaria.
Escondida
atrás da religião, pagando a mensalidade da sua salvação, nunca vi nela o perdão
de Cristo, nunca vi o altruísmo, nunca vi o bem gratuito. Mas a vi mandar
muitos ao inferno pela fé distinta; vi xingar o que lhe desagradou e ter
preconceitos com as diferenças.
Ironizou
que eu ficava no quarto com “meu” Buda, mas ao contrário dela que se esconde atrás
de Jesus eu tento caminhar com Buda, com Jesus, com qualquer coisa que me
melhore. Eu quero a verdade e não comprar uma verdade que me sacie.
Enfrentar
o medo, não aceitar a fraqueza. Mas a hipocrisia reina e devemos ser uns bostas
porque os fracos assim o querem e tudo que nega a segurança da sua ilusão seja
tomado à força e jogado no recôndito mais profundo da poderosa mente do homo
sapiens, coberto ainda de um distúrbio agressivo que inclusive acusa de
agressivo aquele que reage ou apenas tente defender-se, que dirá argumentar.
Diego Marcell
23/04/19
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