A quase 300
dias neste buraco, comendo os vermes que saem do meu corpo, bebendo a chuva
ácida, vejo o céu, vejo pássaros muito longe, grito, mas quem ouve não sabe de
onde vem.
Me espanco pra me sentir vivo, pra me sentir menos só. Sangro pra variar a tonalidade dos dias, mas nada que faça minha cabeça parar de doer pela pressão deste ar pesado. Quem tem a corda diz que é curta. Um balde de confete não faz meu carnaval.
Diego Marcell
Inicio de 2019
Pequenos relatos
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