Será
que eu fiz todo esse percurso para entender que o pré-determinismo existente em
certa teologia cristã protestante de que se tratava da escolha de Deus como
escolha da Natureza, me levando de encontro a finalmente entender o Deus de
Espinoza como própria condição de ser na natureza contingente de expansão pela
mesma mecânica que nós produzíamos a máquina, dando ela o prosseguimento, a
inteligência da mecânica do universo determinando a contingencia que se
multiplica por extremas contingencias que poderíamos chamar de linguagem, para
nós, como leituras próprias que conferem apenas ao que lê, maneira que lhe é
próprio de agir dentro de suas condições, mas que finalmente cai numa
interpretação do eterno retorno nietzscheano de ser neste caso um Cosmo
superior como organismo. Sendo assim, todos os possíveis mundos contingentes
neles criados irão criando sucessivamente, neste caso quando o homem percebe-se
deus percebe posteriormente natureza, sendo gerador de outra contingencia, de
outra espécie, ou seja, dando a possibilidade de criar também eternas contingencias
que são prolongamentos da natureza, (como quando dentro de nosso cosmo
restrito, conseguimos por em prática, de fato somos pequenos deuses criados por
este grande Deus todo Natureza que por condição de gerador de contingencias que
lhe é próprio, que lhe constitui pode gerar um pequeno gerador de contingencia,
a máquina, que neste imenso cosmo, infinito de tempos e condição de geração
mecânica e pré-mecânica passa a ser nada, mas dentro das outras inúmeras
contingencias somente em nosso cosmo restrito que é primeiramente físico e
dando ao mental outra espécie de natureza de contingencia, a máquina que por
outras lógicas continuam usando a fórmula mecânica e geradora, por isso fala-se
infinitos mundos e auroras de eterno retorno? Dentro de infinitos cosmos dentro
de cosmos, nosso nível, portanto nos possibilitou abstrair sobre certos níveis
de cosmos e naturezas, essas últimas, pouquíssimas, talvez ambos pouquíssimos.)
quando então os signos zodíaco determinam, não o é por metafísica, mas por um
corpo onde o homem pode calcular de certa forma, mas sua capacidade como
contingente não permite acessar os níveis de compreensão, nisso você complexibiliza as camadas de “deus” de
natureza, mas que na condição de nível de compreensão devido nossa natureza,
chega as vias físicas que nos competem, e um dado a mais do qual dizemos “espiritual”.
Então
o sentimento desse homem pertencer a deidade, e mais, ser certo tipo de
deidade, condição da qual nele se dá dentro dos limites, sendo-lhe então
imposto (por ele mesmo, confuso) por moral muitas das regras criadas pelo tempo
em que a nossa natureza criava a matéria, na transferência aos deuses daquilo
que por natureza física em nosso cosmo restrito invejávamos porque
compreendíamos, assim nos colocamos a serviço desta lógica, o fato de a
natureza capacitar nossa espécie a tal nível de compreender e por ser capaz de
compreender consequentemente é dotado de copiar até chegar a criar, porque
precisou criar do nada, precisou abstrair e a primeira coisa, espelhou-se e na
primeira oportunidade desenhou sua própria epopeia na ficção. Assim nós também
geramos pequenos cosmos, mas quais realmente são importantes à grande natureza?
Talvez nenhum, nem a máquina, apesar disso, nada impede que nosso resquício de
condição do qual chamamos espiritual, não nos alimente pelas vias da arte, pelo
menos, agora, voltado à poiésis, à criação, para o niilista amoral das novas
auroras; porém, também é ridículo nos submetermos ainda as morais de povos
submetidos ainda à alegoria.
Porque
o homem não emancipado, pertence ainda ao poderio do reflexo, do espelho que
criou, não foi atribuído a Jesus dizer que os homens ainda enxergavam de forma
distorcida? Sendo que ao agir sob a moral ainda avistando a deidade que
pertence a um homem mais distante da compreensão da mecânica (eu nunca li sobre
mecânica quântica, isso está lá?), faz este estar mais longe de Deus, pois o
deus dele é reflexo dele projetado na parede da caverna (aqui sim poderíamos
dar um leve “salve” ao Platão) enquanto para ele começar a ditar uma moral
condizente a sua condição ele deve saber ler a mecânica para que suas causas
sejam assim não destrutivas, mas que tendam a dialogar com a física natural.
Todas as alegorias
dificilmente interpretamo-las proximamente do possível por serem distantes de
níveis mecânicos, pequenos cosmos em pequenos cosmos que sofrem um leve lapso
de impedimento de leitura, mas que, porém infinitas ligações e religações que
são neurônios, tudo espírito da natureza. Nosso DNA que tem o DNA de deus vai
pra máquina, mas será que o DNA de deus vai pra máquina? Ou seja, a Natureza
pode absorver a contingencia da nossa causalidade?
Diego Marcell
30/10/2016
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