Eu
exultando por elaborar uma tese em dez páginas que resultariam numa única
pergunta síntese de certa relevância filosófica, mas ignorado como o
indiferente fantasma mendigo. O corpo sob tremores de êxtase do mais puro
pentecostalismo da mecânica quântica, de pequenos cosmos poéticos, de artista
deus, mas de amor moralizado, de solidão física e vazio. Eu estandarte da
libertação aprisionado. Querendo transformar a relação pelo mecanismo do eterno
retorno para gerar e criar uma pequena contingência, insignificante que fosse,
mas que viesse pelo nosso todo contraditório para não ser consumido pela
entropia antinatural e dualista do espelho distorcido que ditava o
incompreendido por alegorias ainda mais incompreensíveis. Agora eu estava lá,
deus sem plateia a reverberar em mim insignificância criativa, resultante de
compreensão. Por isso dado ao homem o designo de pequeno deus, “pequenos
deuses”, mas repito a pergunta, agora a ti, a natureza pode absorver a
contingencia da nossa causalidade? Se diante dos iguais, como espécie, nos
desrespeitamos ao tolerarmos, a heteronomia é crer na imagem de gesso de uma
imagem mental de uma imagem terrestre absorvida pela imagem mental criada para
nos criar para explicar nossa causa a nós, ao perceber que quem teria que
explicar eram nós mesmos, tivemos que causar para entender e ao entender como é
causar nos responder como somos causa e por consequencia porque somos causa,
mas apesar disso, mantivemos a moral dos tempos das imagens de imagens ainda
dizerem como devemos nos comportar. Por isso heteronomia. No fundo não importa
nem um pouco se a natureza pode absorver a contingencia da nossa causalidade,
porque existe o gozo, o regozijo, Genesis vem coberto de sêmem e a sensação é
ótima, enquanto o opositor do demiurgo continua sendo a própria natureza, por
isso ausência de moral. O demiurgo não é um espírito forte o suficiente para ir
até o fim no conflito dos conceitos de deidade, mas pode ainda dizer muita
coisa já que o fundamentalismo tem povoado tantas mentes, isso se deve a que?
Falta de gozo. Por isso defendo o ensino da arte como criação em todas as
idades, para que o lado espiritual das pessoas os façam de fato ficarem mais
próximas de deus, e não estou dizendo que precisam aprender a mecânica da
contingencia, mas que apenas exercitem muita criação irresponsável, que gozem
muito para não serem preenchidos de moral estática, cabeça vazia oficina... Ao
criar a futilidade que é causalidade incapaz de contingência você exercita-se,
cria não para ser autônoma, mas para si, reconhecendo-se o pequeno deus do
processo reconhece o deus contingente, a Natureza, o aproxima porque o aproxima
da experiência, lá na caverna a experiência ocorreu com a presença de uma
imagem física de uma imagem mental criada para responder sobre sua causa, assim
o artista-poeta ao criar responde a si sem imagens de imagens o que é sentir,
há imensa estesia na natureza porque ela é forma e necessidade como composição,
por isso ao sairmos finalmente da representação, da mímesis em arte, alcançando
a autonomia da arte, aproximamos nosso espírito do espírito do deus natureza,
porque se antes estávamos sujeitos à moral onde a arte deveria ser
representação dos signos da moral, assim fazíamos imagem de imagem mental que
era baseada em imagens de iguais que eram transferidas a outros e eram
inseridas na imagem mental criada para responder sobre a causa do homem; assim
pela abstração alcançamos a coisa em si, ou seja, a abstração, capacidade de
captar a mecânica e copiá-la até o ponto que esta se torne a cópia perfeita
capaz de causar. Mas nas artes, nas linguagens, criamos para nossos pequenos
cosmos, e isso nos basta para sermos partícipes no processo e não sermos
destinados por uma ilusão de meio de caminho. Entre tantas e de tantos tamanhos
que há em nosso meio.
Diego
Marcell
30/10/2016
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