12.10.15

Artista e o caralho

Cada homenagem será
A machadada
Da traição anunciada
Pelo tempo
E pela espécie

Minha cerveja quente
Pinta minhas tardes
Atrás de vampiros
E fantasmas
E seu ultimo discípulo...
O elefante branco
Curitibano.

Gritam berram zombam
Não mais
Os profetas daqui deram sua ultima
Profanada
Há três anos
E agora afundados em desgraça
Depois do festival de teatro
Na esquina
Encruzilhada altar
Oráculo ignóbil
Da boemia pós-moderna
E do Estado midiático
Ébrio de cerveja e êxtase divino
Baco encarnado em cavalo de Tróia
Tomava de assalto o panteão afro-brasileiro
E direcionava a meia dúzia
De medíocres atores e produtores
As verdades metafísicas
Que ninguém mais ouviria
A não ser o humilde copista?

Diego Marcell

10/2014

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