Hoje em dia vê-se a importância do
aspecto espiritual dentro das varias áreas da sociedade, uma espiritualidade não
religiosa, mas mais voltada a saúde. Quando se exerce isto dentro das organizações,
do trabalho principalmente, faz com que os indivíduos desenvolvam melhor suas características
e executem com maior desenvoltura aquilo a que são propostos. Isto faz também com
que o trabalhador se sinta valorizado, que seja respeitado suas particularidades
e sua forma de ser dentro de qualquer contexto onde mais pessoas atuam,
entendendo a distinção das necessidades.
Uma das máximas da Reforma Protestante
que é a reforma permanente, talvez dentro das instituições que nasceram desta
afirmação isto não tenha sido colocado em pratica no decorrer da historia,
porém numa visão mais ampla do cristianismo, que muito provavelmente inspirado
nos seus primórdios reformistas, tem feito esta renovação na materialização de
outras instituições mais novas ou dentro das igrejas clássicas em núcleos internos,
quando estes apresentam uma visão cristã mais contextual que corresponde às
linguagens contemporâneas.
Podemos afirmar que chegamos num momento
em que já se permite dialogar entre os pensamentos científicos e religiosos, teológicos
ou filosóficos, ao fazermos a distinção de que a religião trata de algo não palpável,
da ‘alma’ e de conceitos inseguros (mistérios), mas de fé e que a ciência a
oposto disso tem em seu papel de busca justamente o possível, a matéria e o empírico,
com isso qualquer conflito pode ser deixado de lado quando se tem a consciência
de que principalmente o objetivo da religião não é provar pelos instrumentos da
ciência, mas tratar assuntos de outra natureza, e a ciência da mesma forma
cumpre seu papel indispensável sem interferir na matéria da fé.
A pregação é uma forma de comunicação, e
esta só se faz quando há alguma concordância de ideias entre emissor e
receptor, o evangelho está na mensagem, para a mensagem ser decodificada ela
precisa ser codificada de acordo com o destino que ela terá, por isso que Paulo
ao falar com os gregos no palco do debate filosófico tentou usar de objetos inteligíveis
daqueles que estavam presentes, quando isto não ocorre a cultura local
dificilmente assimilará a pregação do evangelho.
Quando nos propomos a fazer o
ecumenismo, precisamos concordar em muitos aspectos que o fim comum exige, desta
forma o projeto ecumênico deve ser um ser hibrido que age com um pensamento; já
o dialogo inter-religioso é muito mais amplo e passível de possibilidades, sua
função pode exercer grande importância social e fins mais gerais, ele não necessita
compactuar dogmas, mas precisa compartilhar fatores essenciais, as virtudes e o
bom senso para um fim comum especifico e que possibilitam este fenômeno tão
bonito e tão pouco exercitado entre os homens.
Diego Marcell
28-07-12
Nenhum comentário:
Postar um comentário