Com
áspero pendor ao absurdo
Me
inclino para o escuro underworld
Como
se não soubesse dos monstros
Rompo
a barreira
Coberto
de plasma salivar
E
pressionado por paredes caprichosas
Me
transformo em nave
Em
lunático
Em
cão vira-lata
Ou
portuário de Corinto.
E
como surfista de ondas grandes
Que
se choca aos corais abissais
Eu
mergulho envolto de espuma
Deslizo
por gamelas de mármore
Antes
de virar beija-flor abutre
Na
ilusão de um cinema invertido
Das
sensações impossíveis de visualizar.
Luto
diante do espelho gelatinoso
Da
dimensão paralela
E
aterrorizado pela ideia de ser sugado
Confiro
as estruturas como engenheiro recém-formado
Sob
as colunas barrocas do subsolo
Sem
crisalidar vou de lagarta à éter
E
percorrido três centímetros
No
epitélio
Me
transformo em eco
A
reverberar dentro de ti.
Diego
Marcell
31/7/2015
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