Neruda
chamou a língua portuguesa de ‘melosa’, e como é bom estar fora do país e
distante de qualquer dialogo em língua latina, podendo viver com o silencio e
com a comunicação fundamental e as linguagens que se aproximam do arcaico.
Sem
desperdícios de fonemas, de sons, de melodias, isso intensifica o som/barulho
externo, dos passos, da porta do carro, do fogo, da voz gutural das conversas
nativas.
O
desperdício das palavras que dominamos nos distancia da contemplação e nos
aproxima da banalidade total, diferente da escrita que é visual e nos coloca em
contato com a forma.
O
cigarro nas bocas dos estranhos possibilitaria esconder os mistérios, assim
como óculos escuros, bebidas fortes, ou grãos – que aqui (em Israel) é muito
comum - , mas o brasileiro sorri muito e abraça muito, bebe e fuma com ufanismo
e megalomania extrassensorial, necessita de um baseado do tamanho de um charuto
e pedras de craque suficientes para construir um estádio, além de pó suficiente
para marcar o campo, isto é reflexo do seu desperdício de palavras vazias e
estabelece a edificação da vida banal; superior a nós somente os Estados
Unidos, por questões diferentes, eles são os fundadores disto, o Brasil como
sempre sob seu espírito de vira-lata tenta ser a cópia dos estadunidenses, mas
sempre obtendo insucessos.
As
relações humanas sob a indiferença é que produzem bases de respeito, aqui
(Israel) as opiniões e agressões verbais são constantes e restritas a este
contexto, no Brasil 20% disto levaria o país a se tornar um grande ringue de
Vale-tudo urbano.
Diego Marcell
06-11-13
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