Apesar do
anarquismo não passar de uma ilusão infantil e chegar a ser mais utópico que
qualquer paraíso religioso geralmente post-mortem, mesmo assim é de principio
muito honesto e verdadeiro, mas neste sentido que vejo o anarquismo dos egoístas
de Max Stirner, ao contrario dos sociais, de Proudhon, por exemplo, estes sim
imaginam o Éden sem qualquer possibilidade de serpente.
Dentro
das questões políticas nunca seria possível uma efetivação soberana do
comunismo e muito menos do anarquismo desta forma que sempre se quis colocar, revoluções
e imposições do dia para a noite não sobrepujam o poder consolidado, se o
Estado e o Capitalismo estão consolidados quase que em nossa genética, então a
mudança só se torna possível com o inicio lento, mas de bases profundas. Se somos
crias deste sistema, em primeiro lugar devemos requisitar as mudanças
primordiais para que haja um capitalismo sobre o sistema governamental organizado,
justo, que forneça qualidade aos seus integrantes respeitando a própria Constituição
Federal, dando autonomia para seus órgãos atuarem, para que o espírito do “melhor
governo que é o que menos governa” seja colocado em pratica, pois o governo que
não respeita nem suas próprias leis e seus braços delegados a ação, este jamais
poderá evoluir, nem gerar uma sociedade autônoma; ao colocar os interesses políticos
partidários acima da nacionalidade o governante se apresenta como o monstro que
devora os próprios filhos.
Só
um Estado liberal ou neoliberal que apresenta os subsídios necessários aos seus
para que os mesmos cresçam como sujeitos autônomos e saudáveis, pode a partir
da estabilidade social discutir o avanço a algum possível artefato anarquista. Claro
que o Brasil está extirpado de tal possibilidade, mas pequenos países de
primeiro mundo já poderiam experimentar pequenos mecanismos de liberdade,
talvez em cidades experimentais, creio até que já tenham bairros independentes,
mas não sei se de ideal anarquista; assim como ocorreu no Paraná com seus
imigrantes italianos, esta sociedade não pode incorrer nos erros do egoísmo da
posse, do matrimonio, por exemplo, que foi o que ocorreu; estas pessoas devem
ter reformulado a condição humana para que seus egos hajam de forma
verdadeiramente livres, isto perpassa fundamentalmente a autonomia na educação.
Se
o comunismo é uma ideia antiquada, no contexto político o anarquismo também o
é, apesar de a anarquia ser atemporal em essência já que o individuo que nasce
com este sentimento pode encontrar formas de vivê-lo na interioridade (a)social.
Um
exemplo de que outros anarquismos cairiam no mesmo Erro que todos os sistemas assim
como ocorreu com os comunismos que tornam-se direita em essência, mas não em
atributos, é aquele fanfarrão do Bakunin, que usou sua essência torta para
vender uma ideia que para ele mesmo sempre foi impossível por em prática. Ou seja,
com exceção de grupos que se disponham a exercer “não governo”, em âmbito macro
jamais haverá uma sociedade plural e una, pois a natureza social como creem
alguns grupos ácratos é invencionice romântica, ou seja, aos que se dispõe a
isto que experimentem tais desafios, mas não sem antes tornarem-se autônomos.
Diego Marcell
29-08-2013
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