As leis de incentivo a cultura fazem
com que o dinheiro do imposto seja investido em arte e cultura. Com isso tem-se
construído estádios de futebol para fins visuais de um país, ou se encaminha
muito dinheiro a artistas consagrados. O dinheiro do imposto de uma grande
empresa é revertido para o trabalho de um artista, fazendo que a empresa que
tem o dinheiro revertido ganhe publicidade nos trabalhos artísticos, sendo
assim é melhor receber esta publicidade onde realmente será visto, renomados
artistas mainstreams.
Sendo, porém, um dinheiro obrigatório
do imposto, não deveria haver publicidade alguma, como aqueles clássicos exemplos
que aparecem no inicio dos filmes brasileiros, e a prioridade deveria ser aos
artistas independentes, recém-formados ou inovadores, e não aos que apesar da
grande lucratividade que a mídia os deixou, ainda utilizam o nosso dinheiro
publico numa arte egocêntrica e comercial.
Em segundo lugar, este país poderia
muito bem reverter estes milhões, bilhões em educação, que é o nosso grande
mal, a consequencia da boa educação é o respeito e o consumo de arte, fazendo
com que a cultura se sustente como qualquer outro aspecto da sociedade como o
direito, a medicina, o comercio e assim por diante.
A profissionalização da arte
acabaria com as injustiças feitas com o dinheiro publico; se querem filmes, a
Globo filmes que banque todo ele (apenas um exemplo), como indústria que é; se
querem artes visuais, que os museus e galerias exerçam seus deveres; aí segue,
teatro, literatura, musica, e se a arte do artista não lhe sustenta (não mais
reforma sua mansão) paciência, se não há publico, apesar de uma educação que
gere uma sociedade com critérios, fundamentos e opções artísticas, então esta
arte não merece mesmo ser feita ou ser autogeradora de subsídios monetários.
A cultura não deve precisar de apoio
ou incentivo, ela deve fazer parte da alma da sociedade, afinal o ser humano
criou isso, agora não precisa o “sistema” dizer o que e como tem que ser feito,
pegando nosso dinheiro e aplicando em coisas que não passaram por uma avaliação
enquanto qualidade artística, mas tão somente questões burocráticas que só
favorecem quem já faz isto a muito tempo e que tem (já) condições financeiras e
estruturais para tornar real, mas que não pertencem ao campo artístico, mas aos
tubarões do sistema corrupto de legislações tortas que vieram para segurar o
eminente rombo deixado pela falta de base que é esta falsa educação que é dada
no Brasil.
Diego
Marcell
21-03-13
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