A Igreja sempre se materializou com
as características da época e da cultura a que ela se encontrava, nos
diferentes momentos da historia.
Se analisar a religião como conceito
oriundo das experiências dos homens em busca de respostas partindo em direção
ao divino, então esta religião pode proporcionar uma separação e uma negação a
tudo que não se enquadra na sua pedagogia. Porém, a Religião experimentada como
ligação dos seres humanos ao divino, que encontram neste gesto sentido superior
ao ato de viver, estes podem, a partir da Religião, dialogar francamente aos
avanços científicos, utilizando o progresso e as descobertas como respostas e
esclarecimentos relevantes a vida e a espiritualidade contemporânea.
Se a religiosidade quer fazer
sentido no âmbito social ela deve se abrir e se dispor a ouvir, analisar e
conectar-se ao pensamento cientifico, como se o mesmo fosse uma extensão da
realidade humana atual que envolve além da religião, a cultura e suas varias
ramificações.
O cristianismo adquiriu repulsa a
palavras como ciência e evolucionismo, mas dificilmente, baseada numa fé
Abraâmica, se questionou, ou simplesmente pensou nas possibilidades divinas
atuantes nestas inovações cientificas. Se a fé é atributo inquestionável, por
que temer novidades que a principio parecem paradoxais aos dogmas religiosos,
mas que podem fazer sentido bem maior a existência humana que historinhas
infantis que foram reverberadas já num período onde elas racionalmente não pareciam
compatíveis.
Insistir em contos numa época de
acessibilidade global não irá produzir resultados duradouros, é preciso religião
que fale com o tempo em que se encontra, que seja prática ao planeta que vive e
as pessoas que nele habitam.
O sonho de Einstein deve se tornar
real, religião e ciência devem se encontrar e praticarem várias tabelinhas para
o futuro da humanidade, o dialogo não deve ser apenas possível, mas uma necessidade
para ambos os lados, para a amplitude individual das duas linhas que ao se
unirem tornarem-se um só fio, mais forte e relevante ao planeta e a seus
habitantes.
Diego
Marcell
22-02-2011
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