22.1.13

Religião e ciência realidade contemporânea




            A Igreja sempre se materializou com as características da época e da cultura a que ela se encontrava, nos diferentes momentos da historia.
            Se analisar a religião como conceito oriundo das experiências dos homens em busca de respostas partindo em direção ao divino, então esta religião pode proporcionar uma separação e uma negação a tudo que não se enquadra na sua pedagogia. Porém, a Religião experimentada como ligação dos seres humanos ao divino, que encontram neste gesto sentido superior ao ato de viver, estes podem, a partir da Religião, dialogar francamente aos avanços científicos, utilizando o progresso e as descobertas como respostas e esclarecimentos relevantes a vida e a espiritualidade contemporânea.
            Se a religiosidade quer fazer sentido no âmbito social ela deve se abrir e se dispor a ouvir, analisar e conectar-se ao pensamento cientifico, como se o mesmo fosse uma extensão da realidade humana atual que envolve além da religião, a cultura e suas varias ramificações.
            O cristianismo adquiriu repulsa a palavras como ciência e evolucionismo, mas dificilmente, baseada numa fé Abraâmica, se questionou, ou simplesmente pensou nas possibilidades divinas atuantes nestas inovações cientificas. Se a fé é atributo inquestionável, por que temer novidades que a principio parecem paradoxais aos dogmas religiosos, mas que podem fazer sentido bem maior a existência humana que historinhas infantis que foram reverberadas já num período onde elas racionalmente não pareciam compatíveis.
            Insistir em contos numa época de acessibilidade global não irá produzir resultados duradouros, é preciso religião que fale com o tempo em que se encontra, que seja prática ao planeta que vive e as pessoas que nele habitam.
            O sonho de Einstein deve se tornar real, religião e ciência devem se encontrar e praticarem várias tabelinhas para o futuro da humanidade, o dialogo não deve ser apenas possível, mas uma necessidade para ambos os lados, para a amplitude individual das duas linhas que ao se unirem tornarem-se um só fio, mais forte e relevante ao planeta e a seus habitantes.

Diego Marcell
22-02-2011

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