13.11.12

Entendendo a problemática



            As pessoas me trucidaram quando disse que temos uma cultura pobre, enquanto os europeus não; só depois entendi porque. Eu não falava de signos, eu falava que a pobreza social, a miséria estão inseridos no aspecto cultural.  Mas como estava tão concentrado no raciocínio não pude perceber a compreensão dos demais sobre minha afirmação e acabei perdendo o fio condutor.
            Minha afirmação de termos uma ‘cultura pobre’ não é minha no contexto que foi proferida, pois se tratava de um trabalho sobre o Cinema Novo, portanto, tudo girava em torno do tema, as afirmações eram reservadas ao tema e não se tratava de achismos pessoais, quando discorria sobre a ética/estética, não estava tratando dos conceitos de Belo dos teóricos pós-modernos vigentes, mas falava sobre o conceito de épico/didático do Glauber Rocha, por isso não tratei de forma leviana os conceitos de arte, como foi dito, mas eu estava ali, como os demais do meu grupo, para responder sobre o assunto que cabia a nós quanto trabalho escolar e não sobre a minha opinião.
            Se meu dever era falar sobre o Cinema Novo precisávamos discorrer exaustivamente sobre o tema e não dispersar para paralelismos inúteis ou vagos, o que infelizmente impediu que se falasse com mais ênfase no que era relevante historicamente para o conhecimento da nossa cultura audiovisual.
            Mas paciência, somos brasileiros. Isto basta.

Diego Marcell
12-11-12 

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