As pessoas me trucidaram quando
disse que temos uma cultura pobre, enquanto os europeus não; só depois entendi
porque. Eu não falava de signos, eu falava que a pobreza social, a miséria estão
inseridos no aspecto cultural. Mas como
estava tão concentrado no raciocínio não pude perceber a compreensão dos demais
sobre minha afirmação e acabei perdendo o fio condutor.
Minha afirmação de termos uma ‘cultura
pobre’ não é minha no contexto que foi proferida, pois se tratava de um
trabalho sobre o Cinema Novo, portanto, tudo girava em torno do tema, as afirmações
eram reservadas ao tema e não se tratava de achismos
pessoais, quando discorria sobre a ética/estética, não estava tratando dos
conceitos de Belo dos teóricos pós-modernos vigentes, mas falava sobre o conceito
de épico/didático do Glauber Rocha, por isso não tratei de forma leviana os
conceitos de arte, como foi dito, mas eu estava ali, como os demais do meu
grupo, para responder sobre o assunto que cabia a nós quanto trabalho escolar e
não sobre a minha opinião.
Se meu dever era falar sobre o
Cinema Novo precisávamos discorrer exaustivamente sobre o tema e não dispersar
para paralelismos inúteis ou vagos, o que infelizmente impediu que se falasse
com mais ênfase no que era relevante historicamente para o conhecimento da
nossa cultura audiovisual.
Mas paciência, somos brasileiros. Isto
basta.
Diego
Marcell
12-11-12
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