Me vendem produtos que eu não sei o
que são e pra que servem, micro-tendências a R$10,00 num lugar marcado,
conceitos abstratos que atraem a lugar nenhum, isto é a pós-modernidade.
Pequenos conteúdos de nomes
criativos que representam símbolos e se juntam na ação do nada, ou seja, símbolos
que se negam pela não-ação da proposta chamada.
Coisas elétricas agindo no corpo - invisíveis,
vírus, gripe cibernética, pirataria de imagens, viciados em dados alheios que
nos hipnotizam para adorá-los com nossa imagem prostrada diante das telas que
piscam sem descanso de tela.
Luz é tudo, ninguém é isso, sede é
pela sede, fome pelo prazer, prazer de buscar prazer em prazeres desconectados
da velhice dos pais e dos seus lares para se conectar à grande arvore enraizada
no centro do mundo pós-moderno, a arvore que fornece frutos a Adão e Eva para terem
conhecimento do desconhecido, e poderem reprimir o seu deus em nome da serpente
que lhes obriga a ter o ultimo produto que lhes levará ao dialogo sem fim dos conteúdos
das redes sociais.
Lá eles podem ser Nietzsche e
Cecília Meireles sem conteúdo, bonecos de cera que gritam heresias à Ícaro,
como se ele fosse o culpado da transcendência lhes roubar o tempo, mas deviam
sair da caverna e Platão lhes diria que era tão obvio que eram os piratas e
hackers, mas eles cuspiriam no filosofo com rancor.
Diego
Marcell
22-04-2012
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