18.10.12

Imposições pós-modernas



            Me vendem produtos que eu não sei o que são e pra que servem, micro-tendências a R$10,00 num lugar marcado, conceitos abstratos que atraem a lugar nenhum, isto é a pós-modernidade.
            Pequenos conteúdos de nomes criativos que representam símbolos e se juntam na ação do nada, ou seja, símbolos que se negam pela não-ação da proposta chamada.
            Coisas elétricas agindo no corpo - invisíveis, vírus, gripe cibernética, pirataria de imagens, viciados em dados alheios que nos hipnotizam para adorá-los com nossa imagem prostrada diante das telas que piscam sem descanso de tela.
            Luz é tudo, ninguém é isso, sede é pela sede, fome pelo prazer, prazer de buscar prazer em prazeres desconectados da velhice dos pais e dos seus lares para se conectar à grande arvore enraizada no centro do mundo pós-moderno, a arvore que fornece frutos a Adão e Eva para terem conhecimento do desconhecido, e poderem reprimir o seu deus em nome da serpente que lhes obriga a ter o ultimo produto que lhes levará ao dialogo sem fim dos conteúdos das redes sociais.
            Lá eles podem ser Nietzsche e Cecília Meireles sem conteúdo, bonecos de cera que gritam heresias à Ícaro, como se ele fosse o culpado da transcendência lhes roubar o tempo, mas deviam sair da caverna e Platão lhes diria que era tão obvio que eram os piratas e hackers, mas eles cuspiriam no filosofo com rancor. 

Diego Marcell
22-04-2012

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