Eu
não estava nem aí para os fatos
No
meu mundo das ideias
O
que havia ficado o que nunca chegou a existir
Na
verdade tudo existia
Aqui
Na
minha ilusão, no pane da minha ilusão,
Escrever
cartas para você
Lhe
mandar recados em radio
Revista,
televisão,
Mas
tudo haveria de escorrer pelo ralo
No
momento que eu saísse para um novo futuro
E
tendesse a escolher outros se quisesse o sucesso
Ou
apenas sobreviver.
Mas
ninguém mais usa estas coisas
Estes
meios para os mesmos fins
Eu
dizia em terra distante
Que
eu haveria de ser só um visitante
Em
minha própria casa
Em
minha própria mente,
Por
isso negando você
Negando
as portas que se abriam
Eu
acabava sempre embriagado
De
nostalgia
Perene
nostalgia que me mataria em breve
Para
que eu não à pudesse negar jamais.
Talvez
eu tivesse que me perder
Como
se fosse personagem
De
um seriado norte-americano.
Ou
devesse me jogar, exorcizando
Meus
delitos psicológicos.
Mas
sendo um falante eu devo cumprir,
Cumprir
com o destino que me é imposto.
Talvez
eu tenha que negar a isso,
Em
nome do comum.
Ou
eu seja o mágico
Que
propõe a ilusão adequada.
Mas
como negar nosso desejo que oprime o outro?
Te
oprimindo, te obrigando a sumir
Como
quem retorna ao pó.
Sendo
sempre contraponto quando retorno
Ao
teu encontro, mas só quero um objeto
Que
possa me refletir.
Quando
mando estes sinais de fumaça,
Esses
telegramas, telefonemas e emails
Estou
falando com quem? se não responde.
Estou
fazendo o que?
Se
não responde.
Buscar
a eternidade é voltar,
Voltar
pelo viés do infinito como desculpa
Quando
encontro a deixa
Para
um reencontro,
Em
mim.
Diego
Marcell
18-08-2012
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