6.1.12

Nem tão efêmero assim


Eu ouço o suspiro da manhã
Num calor sexual
As 3 e meia da madrugada
Um pós-futebol party
Desalinhos sonoros
Luas tremem como no deserto
O horizonte agora é uma cidade toda
Tremulando como bandeira hasteada no chão
Mas sem o vento
É tudo uma miragem
Tudo é
Quase nada
O que sobrou na praça,
Ou da praça
No sábado
Ressacas de afinidades
Eu logo após
Quero esquecer tudo isso
E seguir outras tardes
Flamejantes de sol e poesia
Cinemas escondidos
E gritos sacudidos na
Garganta
Não querendo extrapolar
Os sentidos
Desses cartolas
Desses pedestres
Desses pais e filhos
Desses outros
As motoristas
As auxiliares
Merecem uma cantada
Ou um soco na cara?
Acho que tudo depende da hora
E da beleza externa
Já que a interna a gente já sabe como é
As homenagens ficam pra lá
Pois todo “não” é tão efêmero
Assim
Amanhã tem mais.

Diego Marcell
01-04-2007  

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