A direita resolveu me odiar publicamente. Tendo a gostar
disso. A esquerda inocente acha que sou um deles. Não aceito os convites de
petistas.
Eu sou o
único anarquista de verdade; por enquanto. Um amigo disse que era impossível,
mas a verdade é que ninguém entende de anarquismo, nem os anarquistas, que dirá
as absurdetes anarco-comunistas. Queria discutir os termos, papo velho, cansei,
quero que as definições acabem, inclusive a de anarquista se for possível.
Foda-se o que pensam ou deixam de pensar, pra que valem essas terminologias
senão para propagar caixas depósitos humanos a serviço do poder.
Meus amigos
marxistas, tão fofos, pena que ficaram com preguiça de pensar, só isso. Só o
básico!
Sendo
assim, os porões dos niilistas parecem mais aconchegantes, lá ao menos toca
jazz enquanto a fumaça sobe e ninguém fica enchendo o saco de ninguém com “a
você ta brincando de niilista”, apenas acontece, a gente se reúne e vê a chuva
triste cair. Às vezes bate uma saudade da pessoa amada, mas nessa hora ninguém
se prende a momentos, ninguém é bobo de transferir a existência a um tempo
separado do espaço, então vamos declamar um poema unicamente pela beleza
sonora das palavras, que por mais que tragam significado, este fica refém das
sensações mais que de qualquer razão objetiva.
Diego Marcell
04 de agosto de 2017
Pequenos ensaios
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