Nossos
pais sempre tão complacentes com suas besteiras, mesquinharias e egocentrismo heroico,
o pai é sublime perante seu próprio papel, todo ser humano carrega estes males
(pelo menos nas sociedades contemporâneas tradicionais) ele é um pai/mãe em
potencia e, portanto um mal ao seu próprio mundo.
Seu
grande troféu é a felicidade contida no outro, mas que só existe porque o
considera seu, destituído da posso este outro é o inferno sartreano, é o
inimigo e o competidor em potencial.
Os
pais são os únicos que recebem o ‘registro por lei’ de certo amor, que talvez não
seja o Filia, o Eros, nem o Ágape, mas um misto destes, uma espécie de amor de
deidade, mas diferentemente do ágape, este amor dos pais está mais ligado a
fisiologia e psicologia que o papel fornece, ele na verdade nunca deseja o bem
para o filho, como em tese seria o ágape, mas busca sob sua forma de Bem o seu
filho envolto. Invariavelmente este é o mal para o filho, reflexo de sociedades
totalmente corrompidas, pois todo individuo deve conviver debaixo do jugo de
valores tradicionais, a tradição que assegurou a desgraça da nossa espécie e
produziu raças, preconceitos, vencedores e perdedores e anulou o individuo.
Para
o individuo tivemos que criar a psicanálise, mas encontrar o local da doença
ainda não é a condição para eliminá-la, apenas algo mais incisivo, como
encontrar um método de operação cerebral, algo muito arriscado para uma vida
para a sociedade, por isso ela condena o suicídio, pois o individuo já foi
negado aos três anos de idade, quem se suicidasse com esta idade seria taxado
de anjo.
Esta
tradição fez com que os pais fossem em seu papel tão sagrados quanto Deus,
tanto que é herético se negar a ser pai ou ser mau pai, cogitar algo que
identifique erro no papel paterno é uma espada que violentamente entra no
coração, isto porque a tradição compõe esta sociedade de tal forma que a impede
de qualquer pensamento racional a respeito, assim como acontece com a religião,
isto mostra o quão danoso ao homem é este conceito paterno praticado
tradicionalmente, pois o mesmo se coloca como deus, e não foi este o grande
crime de Lúcifer? Só que delegadas as proporções, seu domínio recai sobre o
numero possível ou até optativo de filhos que se tem, Deus já não tem muita
escolha, se você quiser botar mais um ser no mundo ele terá que assumi-lo.
Diego Marcell
13-11-13
Ainda bem que nem todos são pais por ' tradicionalismo ' , pelo menos assim creio eu . rs
ResponderExcluirInfelizmente Jaque são, faz parte de nossa condição, eu, você e aquele que ainda vai nascer, do contrários não seríamos humanos.
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