15.12.11

O desafio do ministério contemporâneo

Somente nos destituindo do que se formou socialmente como igreja cristã e evangélicos se pode falar sem uma prévia barreia. Fica evidente que a casca que envolve estes termos não fazem parte do evangelho de Jesus, mas infelizmente são vistos como se fizessem, ficando necessário desfazer um caminho que se formou e se materializa nas mentes da sociedade, desfazer o caminho é voltar e iniciar a caminhada sem contextos religiosos, entrando na sociedade levando apenas o evangelho puro do Mestre. Como é citado no pacto de Lausanne art. 6:
“Os evangelistas de Cristo têm de, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas têm de procurar transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus.”
No dialogo cotidiano aquele que se desvencilha da roupagem religiosa, do dialeto “evangélico” e das tradições internas da instituição, este pode ser ouvido e bem recebido se seu conteúdo for de Boa Nova e coerente com a realidade social, local e pessoal, porque o evangelho faz sentido naquele que também consegue ser levado a ouvir sem ele próprio estar carregado de situações que lhe interessam ou não lhe interessam, a comunicação deve cumprir seu papel de “comum”, e muitas coisas externas podem evitar a concentração do ouvinte para entender o que lhe é passado.
Outro aspecto importante é o papel do missionário integral na sociedade, se ele se apresenta sem responsabilidade social, ecológica, de direitos humanos, seu discurso torna-se fantasioso, ou até mentiroso. Um exemplo disso aconteceu com um amigo meu, protetor dos animais, ele tem um amigo que gosta muito e é “evangélico” (este meu amigo não o é), porém ficou tão chocado com a atitude deste que lhe “prega” muitas vezes e sabe que ele gosta muito de animais, apesar disso o “missionário” revelou ter comprado veneno e matado alguns gatos que andavam em sua casa, chocando grandemente seu amigo não cristão com este péssimo exemplo, e este em consequencia escreveu uma carta citando o próprio Jesus em contrário a sua atitude, além de não querer mais conversar com o agora “assassino de gatos”. Isso ilustra pequenos detalhes diários que o missionário integral deve ter cuidado em sociedade, muito mais valorosos que os conceitos de pecado que estão dogmatizados dentro das igrejas.
“Afirmamos que é propósito de Deus haver na igreja uma unidade visível de pensamento quanto à verdade. A evangelização também nos convoca à unidade, porque o ser um só corpo reforça o nosso testemunho, assim como a nossa desunião enfraquece o nosso evangelho de reconciliação.” (art. 7) Este é Deus no mundo, não em espaços imaginados por cada nome de comunidade diferente que evidenciam alguma situação que aparta a fé que deveria ser única num único Deus. Deve ficar claro a não ligação a qualquer “tele-evangelista”, por mais que saibamos diferenciá-los, a interpretação dos de fora é totalitária quanto a qualquer manifestação que a primeira vista pertence ao mesmo enfoque, num mesmo método e quase em idêntico ritmo.
“É tempo de vencermos Mamom e seu profeta, o mercado, e nos submetermos ao Espírito da unidade, no vínculo da paz, a fim de tornarmos relevante nossa identidade e nosso modo de viver missionário na atualidade.” (Júlio Zabatiero)

Diego Marcell
15-12-2011

Referencia

http://ead.faculdadeunida.com.br/ead/file.php/477/Os_Desafios_do_pacto_de_Lausanne_na_atualidade.pdf

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