Um caos nuveólico
Complacente a geometria 
Cúbica dos telhados
Das lajes
Dos automóveis
Que fogem
Para o sul
Densidade noturna
E o frio do cal fino
Sem tinta
E suas infiltrações.
O céu se remexe 
Não adianta correr para o sul
Ou subir para Curitiba
A noite vai esconder esse ar
Londrino
Logo, logo.
O calor intenso já vai dissipando 
A 5 minutos
 Mas nos quartos a falta de ar
Contamina as lombrigas
E a casa é uma sauna seca 
Forçando uma aeróbica pulmonar
O céu nuveólico
Causa melancolia
E alegria ao mesmo tempo
Porque o corpo sente
O que os olhos alcançam.
Diego Marcell
09-03-2007
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário