16.11.11

Novo mundo, nova leitura

O mundo hoje pensa diferente, quando digo mundo, não digo de forma denegrida, mas como cosmo vivência, como atualidade, como contexto intelectual dos seres humanos inseridos no dia-a-dia. Este novo habitat fragmentário, excessivamente informativo, descompromissado com amplitudes, mas militante de micro-causas que interessam o indivíduo, este novo mundo necessita de uma nova visão de Reino de Deus, precisa de um Jesus high-tech que prega a mesma Verdade Absoluta absorta no pensamento temporal da pós-modernidade, e quem deve aprender isso são os novos profetas, a voz que não clama mais no deserto, mas nos pequenos blocos espaciais da metrópole.
O Deus de justiça exerce-se através da inculpabilidade temporal das eras, não mais como no oriente médio de Jesus, não mais como no sombrio papado da idade média, não mais pela interpretação reformada, mas pela pluralidade caótica da era pós-industrial que encontra pureza e sinceridade em indivíduos nascidos de outro pensamento.
Uma nova revelação nasce do desprendimento da tradição que está grudada desde sempre naqueles que viveram muito tempo dentro das instituições cristãs, só se despojando desta carcaça pré-concebida fará a leitura e a pregação serem relevantes neste novo tempo, o que deve fazer sentido para as pessoas é o Ser de Deus, porque a sub-religião cristã já não o faz, somente a leitura contextual, nascida pós-moderna, apresentará um evangelho relevante aos homens e mulheres da presente era, só através da pureza desprendida Deus se fará presente na nova humanidade.

Diego Marcell
07-10-11

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