26.11.11

Modernidade e protestantismo

A modernidade trouxe em suas características, posições que haveriam de mudar a religião predominante de então. Não haveria mais espaço na nova mentalidade racional e individualista coisas como um mando superior tanto físico como abstrato, e são vários fatores temporais que influenciam numa mudança de atitude do pensamento e o progresso científico e tecnológico é o mais influente, criando novidades que serão novas influências também.
O Brasil como país novo e atrasado, teve suas noções sociais neste quesito, mais claramente já no século XX, podendo ser visto sempre como locução nos grandes centros, demorando períodos consideráveis para alcançar o interior do país e as classes mais baixas, fazendo com que se convivam numa conflitante disparidade de maneira de pensar e viver numa mesma sociedade grupos que respondem por uma única identidade nacional.
O protestantismo como elemento nascido quase que simultaneamente com a Era Moderna, em sua essência é a representação mais fiel da expressão religiosa deste período, tendo claro, características relevantes do mesmo, e numa destas, ligada a razão, o protestantismo substitui a figura apostólica pela capacidade individual que cada um tem de interpretar por si próprio o texto considerado divino; este sêmen protestante traz o DNA do que seria o grande pluralismo institucional do movimento, ficando impossível qualquer unificação desta manifestação religiosa em um único conceito seja físico ou teológico.
No Brasil como de costume, demorou para uma expansão protestante, que viria a ocorrer com relevância apenas nos anos 80, mas já com uma outra expressão derivada do tradicional, o neopentecostalismo que leva para a tevê duma sociedade em transição um efeito nascido pelo viés denominacional, porém numa nova proposta de leitura religiosa que tem ainda a característica que permanece do individualismo, porém com a agressividade comercial que vende a fantasia milagrosa de satisfação egocêntrica para uma nação que transita entre as características da idade média até a pós-modernidade sem ter fundada em si as noções básicas de qualquer uma delas.
O protestantismo brasileiro teve sim com certo destaque nos anos 60 sua presença mais ligada a característica moderna, porém sem grande relevância por ser uma sociedade caótica em identidade intelectual, ficando restrita a guetos que ainda não formaram a empatia num todo social.

Diego Marcell
24-11-2011

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