28.10.11

Uma espécie rara de deus

Eles nos acham perdidos, mas quem se acha vive perdido, eu não acho, eu, porém sei, sei que achar é burrice e não acho o que sei porque não sou unanime, mas a ciência sabe e o que ela não sabe não deve ser unanime, por isso sei o que a ciência sabe e por ela eu descubro o que ela não pode saber, apenas achar, aí eu vou além dela e ultrapasso em muito a unanimidade que a negou em nome da fé em mentiras que são unanimes verdades para os que crêem.

Criaram um deus material, existente em objetos sagrados, um deus de profetas do passado, de profecias ultrapassadas, de milagres carnais, de vontades parciais e egocêntricas, e neste deus não há erro, porque fizeram do erro a perfeição, e da contradição motivo de juízo. Quando me deparo com o deus destes homens, a vida perde o sentido, e já não é deus o criador, mas um diabo rei de ilusões, que, porém são prazerosas e domam o sentido de tudo de forma superior ao deus dos “crentes”.

Quando vejo a vida lá fora, a noite escura e o mistério que circunda, vejo um Deus de verdade; quando vejo em homens e mulheres de bem o amor, o diálogo, a razão e a ação, vejo que há um Deus nisso tudo; quando vejo artistas explorarem a matéria com a imaginação, vejo que há um Espírito criativo sobre as águas do abismo; quando vejo filósofos que pensam a vida na sua plenitude, vejo que há um Deus que inspira e age através daqueles que habitam a matéria.

Diego Marcell 01-09-2011

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