O moderno movimento espiritual cristão que defende a existência de um ser humano tricotômico foge de qualquer propósito bíblico-evangélico. Paulo, o criador da doutrina religiosa cristã tem seu próprio ensino sendo reinterpretado a cada geração conforme a distancia cultural de seu tempo se alastra. Com uma tentativa intelectual de buscar em meio aos gregos, adeptos de sua fé, Paulo exercitou a diplomacia pelo conhecimento e pela inserção cultural a sua já tradicional cosmopolita identidade. Porém, compreendendo profundamente o pensamento oriental do judaísmo e sua tradição antropológica quase de um monismo (eu digo quase por considerá-lo equilibrado, bem diferente do que seria uma concepção atéia do homem) ele entra na cultura ocidental dualista armado com todas as possibilidades de dialogo, importando somente a fé verdadeira almejada na proliferação do evangelho. 
Se as traduções contemporâneas nos trazem composições expressas de “corpo, alma e espírito”, em momento algum isto foi colocado como concepção metafísica de uma ciência teológica ou antropológica, o mesmo fica evidente com o estudo lingüístico de texto e contexto, sendo apenas uma forma de descrever a profundeza que o evangelho se insere na humanidade quando ele é real.
O problema contemporâneo da tricotomia cristã é a existência do dualismo grego e do ascetismo místico que se agregam a esta deformada interpretação, deixando o vasto campo da desinformação tomar a mente dos fiéis que têm como consequencia um evangelho defeituoso de ação, algo que o monismo que entende a metafísica, ou seja, uma espécie não dualista da dicotomia que não permite a separação da palavra e da coisa em si, sendo aí sim holístico em todo monoteísmo consciente do propósito divino de sua ação metafísica que encontra a física em coerência com a ordem, sendo assim, sempre Verdade pela unicidade.
24-09-2011
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