Quando eu acordei / sabendo o que eu não conhecia
Despertei de um profundo sono / pregando aquilo que me corroia
Amando aqueles que eu maltratei / decepcionando aqueles que eu andava
Renovando a minha mente / para entender aquele que me falava
(ao coração)
Já dizia um velho provérbio de Salomão
Já dizia Sócrates em sua concepção
É me calando que eu devo falar
Depois do tanto que eu li / depois do tanto que errei
Só sei que nada sei / só sei que nada sei
A noite traz sua herança / de maneira peculiar
Um sopro divino que avisa / o discurso a proclamar
Vestes sujas ou luminosas / expressam o que tem a viver
Época de temas descartáveis / é tão difícil me conter
Zaratustra vagava e divagava
Enquanto a gente se equilibrava
Como Kant nos limites da razão
E Heidegger necessitava da sua solidão
Depois do tanto que eu li / depois do tanto que errei
Só sei que nada sei / só sei que nada sei
Os fortes e rígidos eram os mais fracos
Não suportavam a solidão da revelação
Se entregando ao nada
Como se fosse o sentido da razão
Mal sabiam eles da onde vinha a salvação
Mas por serem fortes e fracos
Iludidos por detentores de religiões
Que transformaram estes homens em aberrações
São a pedras de tropeço
Das vidas sem endereço.
21-07-10
Diego Marcell
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