24.10.19

A vida tem sido agridoce. A transformação estática que assusta. Incubadora da guerra. Controlar a ansiedade entre o amor e o ódio. A espera. O processo. Nada, tudo, tão juntos. Concentro, entendo o que penso. Mas por que continuo instável? O vício é momento de saída. Porém sigo vítima da natureza. Vazio e frio como o estado que brotei. Me dão pinheiros sonho palmeiras. Não reconheço ninguém nas prateleiras. Latino sangue que em minha garganta sinto. Morrem pais morrem filhos. Lamento de posse amor inaudito. Nunca conheci o prazer e a leveza dos vinhos. Toalhas na relva. E serestas. Hoje já não possuo nem emprego nem utopia. Computadores me cobram o que nunca desfrutei. Conhecimento. A natureza não dá o que a cópia nos tira. Senhor das moscas em cada cabeça. Deuses do sanatório devir. Caminhei entre memórias cinematográficas. E acabei como o bandido. A cara no poste o nome no spc. Mesmo que sejam os ricos a roubar pobres. O fazem na lei. Mesmo que sejam padres e pastores os estupradores. É pelo conceito da negação que o fiél absolve o diabo no julgamento final. Deus acima de tudo disse a mãe que mata o filho o pai que mata o filho. Cristãos são Lúcifer que ao imitar a imanência barram a vida até a vinda de Cristo. Mas tudo isso é papo furado quando seu joelho dói e não podes andar. Coachings brincando de novo. Meninas poses repetidas no Instagram. A contemporaneidade me enfada. Meu corpo cansado não entende motivos. Leveza e diversão é meu mantra. Mas como é difícil focar. Silencio e não durmo. Conheço pessoas que não posso convidar para churrascos na laje. Porque não há laje.

21/10/2019

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