29.5.19

            Que sensação estranha, que me abate, que mistura, que conversão assustadora, quão blasé sou recebido, e quantas boas notícias me chegam.
            Sensação desconfortável, eu nada mais esperava de bom e isso me deixou assim, não sei se abatido, triste, melancólico acho que seria a palavra.
            Como eu amo as pessoas que me estão blasé, ainda assim entendo o que posso ter-lhes causado. Mas a dor é cura e se não fosse minha guerra o marasmo ainda reinaria e todos estaríamos doentes.
            Todos saem feridos, mas mais fortes, mais sábios, mais livres. Todos saem machucados, mas verão que isso lhes foi a cura. Também a minha. A minha dor em tratado de paz, a dor melancólica é a do amor, a dor do ódio tem suas maneiras cegas de seguir; já a dor melancólica do amor vaga sem pouso e sem remédio não se sabe seu tempo e não se a compreende.
            A memória incontrolável chama neste pássaro melancólico que não sabe em que galho pousar.
            Quanto de meu perdão gostaria que se materializasse em sensação neles. Mas isto já é utopia.

Diego Marcell
25/04/19

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