Que
sensação estranha, que me abate, que mistura, que conversão assustadora, quão
blasé sou recebido, e quantas boas notícias me chegam.
Sensação
desconfortável, eu nada mais esperava de bom e isso me deixou assim, não sei se
abatido, triste, melancólico acho que seria a palavra.
Como
eu amo as pessoas que me estão blasé, ainda assim entendo o que posso ter-lhes
causado. Mas a dor é cura e se não fosse minha guerra o marasmo ainda reinaria
e todos estaríamos doentes.
Todos
saem feridos, mas mais fortes, mais sábios, mais livres. Todos saem machucados,
mas verão que isso lhes foi a cura. Também a minha. A minha dor em tratado de
paz, a dor melancólica é a do amor, a dor do ódio tem suas maneiras cegas de
seguir; já a dor melancólica do amor vaga sem pouso e sem remédio não se sabe
seu tempo e não se a compreende.
A
memória incontrolável chama neste pássaro melancólico que não sabe em que galho
pousar.
Quanto
de meu perdão gostaria que se materializasse em sensação neles. Mas isto já é
utopia.
Diego Marcell
25/04/19
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