4.10.18

Hoje a internet está vazia
Sofro a paralisia
De não suar
Descubro fórmulas gramaticais
Numa esquizoanálise desnutrida
E acordo sem querer acordar
Algumas veias doloridas
Sangue na pia
E hospedeiros em algum buraco
Pinga uma gota grossa na ferrugem
Passam folhas e tudo que é podre
Debaixo da ponte
Socorram os ciborgues
Antes do fogo espalhar
Algemem a policia
Matem os políticos
E excomunguem o padroeiro
Pois fazem o profeta chorar
Talvez o tempo passe
Talvez não
Talvez uma planta brote
Talvez uma cratera surja
Há um breu lá fora
E janelas quebradas
Mas o assunto principal
É o fraudulento devir

Diego Marcell

11/09/18

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