Desconfio de
todos os super homens, os sábios, os mestres, os doutores, aqueles que
conseguem se dedicar de tal forma a alcançar a perfeição através da técnica e
de uma paciência budista a ponto de fazer discípulos que se tornam de tal forma
fanáticos indo ao patamar religioso, sempre parecem vendedores de um saber místico
alcançado por um escolhido, essa coisa altruísta dos escolhidos é o que estraga
o mundo, o melhor escolhido, mas o verdadeiro escolhido é aquele que não está
nem aí para os outros porque compreende que só se chega às respostas sozinho e
todo o resto é causa como até não se chegar a isso, pois toda essa posição está
aí para nada além da autoproclamação e exaltação dos egos humanos, o ego que
quer aplauso, hoje a construção da glória se faz forjando a doxa, gravando o
próprio aplauso e sobrepondo num áudio que é dado “play” por um braço direito,
que geralmente é um incapacitado que encontra refúgio nas sobras do outro, no
respingo da glória alheia sobre sua pobre alma.
Se
a teoria traz a ideia da autotécnica, ou seja, a questão onto como
reconhecimento do uno, há esta institucionalização do termo em espaço,
privatizando o conceito, como uma marca no marketing, revelando no fundo
aspectos que fogem ao verdadeiro sentido de expressão artística, mesmo porque
se fosse honesto, ainda assim não seria preciso criar terminologias a não ser
como reduto de um conceito ao campo mercadológico.
Ou
a OntoArte existe como escola no sentido restrito, aos moldes de uma concepção
de seu autor, delegando assim ainda ao exterior estes supostos ontoartístas e
aí a teoria não faria sentido, sua ideia filosófica; ou esta teoria é aplicada
e por consequencia universaliza-se o conceito para ser aplicado e finda-se qualquer
institucionalização do mesmo como restrição espacial, como pode ser observado
nos sites oficiais.
Diego Marcell
17/9/14 – 27/1/17
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