1.11.16

Nota sobre o texto “o homem deus”




            Será que eu fiz todo esse percurso para entender que o pré-determinismo existente em certa teologia cristã protestante de que se tratava da escolha de Deus como escolha da Natureza, me levando de encontro a finalmente entender o Deus de Espinoza como própria condição de ser na natureza contingente de expansão pela mesma mecânica que nós produzíamos a máquina, dando ela o prosseguimento, a inteligência da mecânica do universo determinando a contingencia que se multiplica por extremas contingencias que poderíamos chamar de linguagem, para nós, como leituras próprias que conferem apenas ao que lê, maneira que lhe é próprio de agir dentro de suas condições, mas que finalmente cai numa interpretação do eterno retorno nietzscheano de ser neste caso um Cosmo superior como organismo. Sendo assim, todos os possíveis mundos contingentes neles criados irão criando sucessivamente, neste caso quando o homem percebe-se deus percebe posteriormente natureza, sendo gerador de outra contingencia, de outra espécie, ou seja, dando a possibilidade de criar também eternas contingencias que são prolongamentos da natureza, (como quando dentro de nosso cosmo restrito, conseguimos por em prática, de fato somos pequenos deuses criados por este grande Deus todo Natureza que por condição de gerador de contingencias que lhe é próprio, que lhe constitui pode gerar um pequeno gerador de contingencia, a máquina, que neste imenso cosmo, infinito de tempos e condição de geração mecânica e pré-mecânica passa a ser nada, mas dentro das outras inúmeras contingencias somente em nosso cosmo restrito que é primeiramente físico e dando ao mental outra espécie de natureza de contingencia, a máquina que por outras lógicas continuam usando a fórmula mecânica e geradora, por isso fala-se infinitos mundos e auroras de eterno retorno? Dentro de infinitos cosmos dentro de cosmos, nosso nível, portanto nos possibilitou abstrair sobre certos níveis de cosmos e naturezas, essas últimas, pouquíssimas, talvez ambos pouquíssimos.) quando então os signos zodíaco determinam, não o é por metafísica, mas por um corpo onde o homem pode calcular de certa forma, mas sua capacidade como contingente não permite acessar os níveis de compreensão, nisso você complexibiliza as camadas de “deus” de natureza, mas que na condição de nível de compreensão devido nossa natureza, chega as vias físicas que nos competem, e um dado a mais do qual dizemos “espiritual”.
            Então o sentimento desse homem pertencer a deidade, e mais, ser certo tipo de deidade, condição da qual nele se dá dentro dos limites, sendo-lhe então imposto (por ele mesmo, confuso) por moral muitas das regras criadas pelo tempo em que a nossa natureza criava a matéria, na transferência aos deuses daquilo que por natureza física em nosso cosmo restrito invejávamos porque compreendíamos, assim nos colocamos a serviço desta lógica, o fato de a natureza capacitar nossa espécie a tal nível de compreender e por ser capaz de compreender consequentemente é dotado de copiar até chegar a criar, porque precisou criar do nada, precisou abstrair e a primeira coisa, espelhou-se e na primeira oportunidade desenhou sua própria epopeia na ficção. Assim nós também geramos pequenos cosmos, mas quais realmente são importantes à grande natureza? Talvez nenhum, nem a máquina, apesar disso, nada impede que nosso resquício de condição do qual chamamos espiritual, não nos alimente pelas vias da arte, pelo menos, agora, voltado à poiésis, à criação, para o niilista amoral das novas auroras; porém, também é ridículo nos submetermos ainda as morais de povos submetidos ainda à alegoria.
            Porque o homem não emancipado, pertence ainda ao poderio do reflexo, do espelho que criou, não foi atribuído a Jesus dizer que os homens ainda enxergavam de forma distorcida? Sendo que ao agir sob a moral ainda avistando a deidade que pertence a um homem mais distante da compreensão da mecânica (eu nunca li sobre mecânica quântica, isso está lá?), faz este estar mais longe de Deus, pois o deus dele é reflexo dele projetado na parede da caverna (aqui sim poderíamos dar um leve “salve” ao Platão) enquanto para ele começar a ditar uma moral condizente a sua condição ele deve saber ler a mecânica para que suas causas sejam assim não destrutivas, mas que tendam a dialogar com a física natural.
Todas as alegorias dificilmente interpretamo-las proximamente do possível por serem distantes de níveis mecânicos, pequenos cosmos em pequenos cosmos que sofrem um leve lapso de impedimento de leitura, mas que, porém infinitas ligações e religações que são neurônios, tudo espírito da natureza. Nosso DNA que tem o DNA de deus vai pra máquina, mas será que o DNA de deus vai pra máquina? Ou seja, a Natureza pode absorver a contingencia da nossa causalidade?

Diego Marcell
30/10/2016

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