15.4.16

Tarde mecânica
De cinza azulado
Com ventos em cubo
A explodir na persiana
Retalhos audíveis
Da orla espectral
Das ogivas inertes
De pensar os desejos
Boxer aposentado
A bailar estábulos
E tablados de teatro
Tântalo à glande em jazz
A sussurrar mantra animal
Desfazendo em suor primitivo
Sobre a ferrugem hibrida de fruta
A pressentir pincelada vermelha
Desencadeando fluxos anais e chakrais
Reportagem de subclasses
Borradas de esquecimento quântico
A arte lúbrica
Como guarda-chuva vetor
Dilatando moral
E tecido humano
Solidão com mil clones
A piscarem surdos
Explodem magma 3D
Em hardware Beta
Esperam o sangue lençol
Brotar na rachadura
Como flor anamórfica.

Diego Marcell
19/3/16


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