16.4.16

O golpe e a ciência política mambembe


Às vezes cansa ficar no meio do fumacê dos artistas doutos do CNPq das humanas que mesmo insuficientes ao discutirem as questões relativas às suas grandes áreas, pequenas áreas e linhas de pesquisa, insuflados de ideologismo arcaico e pouco panorâmico, ao revestirem-se com a soberba da universalização salvífica de verdades e bens da religiosidade do materialismo dialético passam a se adornar com os trajes pueris de uma ciência política mambembe, então numa masturbação coletiva e bizarra a esporrar rostos indiscriminadamente, como catarse barata que serve ao inchaço de egos da pseudointelectualidade a dançar ao som da alta voz que ameaça com orgulho e um sorrisinho interno, pois sabe-se maioria para virar leão, quando num local retroalimentado da mesma proteína que vem a massificar e unificar a composição de entes num único organismo que porém ao exemplo daquela teoria à séculos explanada, iniciará o processo de decomposição do interior da integralidade do mesmo pois alienado da contradição fica impossibilitado de avançar, de transformar e muito mais da possibilidade de  evoluir.
Após este preâmbulo, esta introdução à guisa de contextualização, eis minha resposta a uma questão, não, portanto, pelo viés das penúrias mentais do academicismo genérico brasileiro, e seu desvio de função resultado da fabricação histórica nacional, por vias de utopias mal acopladas e diarreias burguesas que ao modelo cristão pronuncia as boas novas alimentando os cananeus (diga-se, o povo) na beirada da mesa com as sobras da saliva curativa dos santos, não crendo eu, portanto nesta cosmogonia territorial, mas pela liberdade que me é possível de conquistar pelas estruturas limitantes da lógica submissa à linguagem que não sede ao absurdo do duplipensamento; sob esta leve e constante a que submeto minha consciência para não traí-la contando que sujeita à especificidade natural que me compõe posso apenas declarar com relação ao tema “golpe” a seguinte resposta, sem entrar nos valores envolventes das linhas políticas que são submetidos partidos e até mesmo como tentativa obrigacional a própria população (não que isso dite uma verdade).
Creio que existam juristas magistrados para isso, porém, a meu ver o que cabe, é abrir uma questão que envolve também os agentes do PMDB, naturalmente a leitura é de consciência dos ideólogos de plantão, que sabe-se dormem e sonham com carneirinhos, minha dúvida, agora sim real e dentro da fática relativa a minha honestidade mental, é que por que não houve mobilização interna dos políticos quanto a manutenção do Cunha como presidente da câmara, aqui não cabendo talvez ainda ao judiciário, mas sim da classe interpelar a questão. Sendo assim não vou me jogar num liquidificador de senso comum de gente que não sabe nem sobre os cursos do qual frequenta (os "artistas" da universidade da qual participo, por exemplo) relativos às questões jurídicas de nível federal, mas sim pelo fato "secreto e/ou misterioso" que circundam, sendo assim, compreendo meu local na sociedade de aceitar a autonomia do judiciário como solução cabível na sociedade que temos para que não se abra precedentes que ponham em risco a verdadeira democracia da qual é sujeita às leis históricas e construídas, desenvolvidas e processadas no país.
Quanto a matéria que pode vir a ser cabível a minha pessoa é a de que a culpa toda foi do próprio PT, neste momento além das acusações, digo pelo âmbito da soberba, que acabou lhes cegando, e não viram o perigo de colocar a cobra na sala de casa (não a jararaca, diga-se de passagem), já que há pelo menos 30 anos oficialmente, desde o fim do regime militar (fora os tempos de MDB) é que inseridos entre os móveis e buracos do palácio eles se filiam, onde pela cegueira e até a ignorância petista permitiu finalmente assumir o trono de bandeja (como formar uma frase com termos prontos e dispares), pois esperto e calmo foi o método PMDBista de ascender sem qualquer demasiado trabalho de carisma ou coisa que valha. Assim a meu ver o único GOLPE é de nível moral, realizado pelo PMDB sem qualquer escrúpulo, o que não lhes foge à natureza, pois ao que indica a arquitetura segue às consequências almejadas.

Diego Marcell

16/04/16

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