5.4.16

As margens do amor não suprem minha melancolia
Mente colérica que me rouba o dia
E nas massas corpóreas perder todo domínio
Resquício de álcool impregnado
Sou só devir de asa cortada
A cambalear entre as eternidades
A distopia é a liberdade utópica
Com pulseira no tornozelo
A enfeitar canções tristes espalhadas em tela de bílis
Vou sem carregar mochilas
Nesta estrada todo peso é suficiente em si
A parar as portas panteadas de ferrugem
Cheirando a devassidão da glória
Rebobino às interpretes de caça
Pluma algemada no desespero
Pântano da minha garganta
Ser o grito transpirado em soco
A enfileirar povos da barbárie espiritual
Tendo na alma as flechas de Pathos

Diego Marcell

14/3/16

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