Sou
outono
Pele
morta textura viva
Dândi
da pancadaria suja
A
socar verdades
Vândalo
de totens
Solidão
latente de futuro soterrado
Voz
abafada pelo lalalá demente
Me
distancio do discurso
Vou
pra longe dos que tem
E
dos que acham que são
Vou
em direção às formas
E
ao uso indiscriminado
Ser
crime
Marginalidade
atômica
Monstro
diletante
Convoco
orgia na biblioteca
Mas
todos fogem
Com
seus tratados nos braços
Correm
desesperadamente
Tropeçando
nos próprios argumentos
Amassados
Sujos
de bosta
Sujos
de ideologia
Sujos
de cachaça
Sujos
de dinheiro sujo
Sujos
de ideias mal pensadas
Fugiram
tropeçaram sangraram o joelho
Xingaram
meus antepassados
E
cuspiram como medrosos
A
uns quilômetros de distância
Assim
continuei sendo mais
Sendo
estrago sendo entressafra no populismo
Sabendo
o absurdo
Me
suspendo
Epoché
Rasgo
contratos
Invento
outros
Com
parágrafos obrigatórios
À
ataraxía.
Diego
Marcell
21/3/2016
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