Se
a angustia me devorar
Me
deixarão apodrecer numa sarjeta
E
cercado de gestos de uma santidade salvífica
Meu
corpo inerte terá que sucumbir à hipocrisia de vossas almas.
A
meia-noite me chamarão de pecador
Ao
meio-dia de vagabundo
Mas
é às cinco que me chamarão de assassino.
Nunca
poderão amar alguém tão grotesco que se banha em águas puras
E
que se alimenta de restos de uma mesa idealizada.
Quando
a angústia me devorar
Eu
já não terei hálito para aguentar.
Quando
a natureza te impõe um verme na alma
Não
são as pedras que ferem seu corpo.
Diego
Marcell
22/7/2015
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