9.9.15

O existente e seu entendimento na realidade da imagem


            Infelizmente a realidade machuca, é pior que tudo, é o inolvidável estado de incerteza que nos apossa nas fugas da ilusão e seus méritos efêmeros.
             Queria eu habitar um cérebro ainda mais complexo do ser em tal espécie dissolvida numa única proposição que é para além maior que tudo o que possamos criar para surrupiar a natureza, e nossa deficiência de superioridade da mesma.
            Parece que tudo pode desmoronar hoje mesmo, a fama que está logo ali ou no lixo da existência um segundo depois, o tempo e suas surpresas mestras, a decadência do homem máquina e do homem ideia.
            Minha relação com o mundo parece outra depois das mídias sociais, minha percepção inserido neste meio-processo de relações alternadas, no desfoque de linguagens quadradas, trazendo uma limitação sensorial que me põe dúvidas; angústias substitutas das brigas com deus, agora mais claramente a sociedade se apresenta, artificializada de longe, não mais pelos enganos do corpo físico, mas pela própria linguagem que traz a realidade da imagem, o campo visual que altera por apresentar outra relação de percepção, não mais interpretativa pelo calor, pela sensação trazida pelo calor e pelo improviso, mas pela interpretação da gélida concepção acabada das formas e sua imobilidade, sua rigidez industrial, onde eleve minha mente aprisionando sua livre caminhada sem ter onde depositar as referencias que permitam tal fluxo de consciência, causando assim tais angustias passiveis de causa extremamente biológicas.

Diego Marcell

26/7/2014 

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