Infelizmente
a realidade machuca, é pior que tudo, é o inolvidável estado de incerteza que
nos apossa nas fugas da ilusão e seus méritos efêmeros.
Queria eu habitar um cérebro ainda mais
complexo do ser em tal espécie dissolvida numa única proposição que é para além
maior que tudo o que possamos criar para surrupiar a natureza, e nossa deficiência
de superioridade da mesma.
Parece
que tudo pode desmoronar hoje mesmo, a fama que está logo ali ou no lixo da existência
um segundo depois, o tempo e suas surpresas mestras, a decadência do homem
máquina e do homem ideia.
Minha
relação com o mundo parece outra depois das mídias sociais, minha percepção
inserido neste meio-processo de relações alternadas, no desfoque de linguagens quadradas, trazendo uma limitação sensorial
que me põe dúvidas; angústias substitutas das brigas com deus, agora mais
claramente a sociedade se apresenta, artificializada de longe, não mais pelos
enganos do corpo físico, mas pela própria linguagem que traz a realidade da
imagem, o campo visual que altera por apresentar outra relação de percepção, não
mais interpretativa pelo calor, pela sensação trazida pelo calor e pelo
improviso, mas pela interpretação da gélida concepção acabada das formas e sua
imobilidade, sua rigidez industrial, onde eleve minha mente aprisionando sua
livre caminhada sem ter onde depositar as referencias que permitam tal fluxo de
consciência, causando assim tais angustias passiveis de causa extremamente biológicas.
Diego Marcell
26/7/2014
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