Dou inicio aos estudos
de um audiovisual hibrido das artes cênicas e do vídeo. O 1º eu chamo de
videodramaturgia já que o termo dramaturgo é destinado àquele que escreve
peças, na videodramaturgia o que acontece é a encenação da peça, não de forma cinematográfica,
portanto, não-ficção, não-filme, mas sem necessidade de público ou plano
sequencia, nem é destinado a transmissão ao vivo, portanto não-teatro. Claro que
o termo dramaturgia me parece um pouco ultrapassado no momento, mas dentro da
necessidade permanece hoje.
O 2° é o videoimproviso
que dentro de determinado jogo de cena os atores executam uma ação real, também
filmada sem necessidade de transmissão ao vivo ou público, em lugar forjado ou
ao acaso, entre pessoas diversificadas ou não.
Todas estas situações
ocorrem pela necessidade videatica e buscam como fim o livre acesso da rede
mundial de computadores, elas perpassam a performance e o happening, como acaso
e influencia, mas não se prendem a estes, se prendem sim ao vídeo e ao digital,
alem da livre manifestação (comunicação) de informação pela informação e da
arte. Tendo nisso tudo o audiovisual como aquilo que agrega as expressões do
corpo e a reflexão teórica (texto) através da mescla num único (ou em diversos
dentro do único) fazer artístico e estético os objetos da filosofia,
interpretação, poema, dança, música, body art, artes visuais, jogo...
Já no videoteatro a
encenação segue o tradicional = texto-ator-público, mas não segue o ambiente do
teatro, ele se passa no ambiente real que a cena escrita se dá, onde o público
se porta como fantasma a observar um ato real de epifania cênica como assistir
a um filme sem a tela do cinema. Tudo, porém, é acompanhado com uma câmara que não
ignora o público, mas pode ser manipulado livremente na montagem, servindo como
eternizado do efêmero.
No docteatro eu coloco
uma proposta de interação do ator com um objeto escolhido arbitrariamente
segundo um propósito. Neste caso o texto se funde ao ator partindo do objeto e
a plateia é a própria equipe que trabalha no documentário. O ator terá um
espaço limite para “criar” baseado no sentimento que o objeto gerou nele
naquele instante, aí segue o processo de gravação já realizado anteriormente,
neste caso a manipulação da edição é restrita quanto ao ato do ator, nos fatos
marginais a isto o editor/criador poderá exercer seus propósitos estéticos.
Diego Marcell
20/12/2012
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