31.3.15

Videodramaturgia e videoimproviso, videoteatro e docteatro


Dou inicio aos estudos de um audiovisual hibrido das artes cênicas e do vídeo. O 1º eu chamo de videodramaturgia já que o termo dramaturgo é destinado àquele que escreve peças, na videodramaturgia o que acontece é a encenação da peça, não de forma cinematográfica, portanto, não-ficção, não-filme, mas sem necessidade de público ou plano sequencia, nem é destinado a transmissão ao vivo, portanto não-teatro. Claro que o termo dramaturgia me parece um pouco ultrapassado no momento, mas dentro da necessidade permanece hoje.
O 2° é o videoimproviso que dentro de determinado jogo de cena os atores executam uma ação real, também filmada sem necessidade de transmissão ao vivo ou público, em lugar forjado ou ao acaso, entre pessoas diversificadas ou não.
Todas estas situações ocorrem pela necessidade videatica e buscam como fim o livre acesso da rede mundial de computadores, elas perpassam a performance e o happening, como acaso e influencia, mas não se prendem a estes, se prendem sim ao vídeo e ao digital, alem da livre manifestação (comunicação) de informação pela informação e da arte. Tendo nisso tudo o audiovisual como aquilo que agrega as expressões do corpo e a reflexão teórica (texto) através da mescla num único (ou em diversos dentro do único) fazer artístico e estético os objetos da filosofia, interpretação, poema, dança, música, body art, artes visuais, jogo...
Já no videoteatro a encenação segue o tradicional = texto-ator-público, mas não segue o ambiente do teatro, ele se passa no ambiente real que a cena escrita se dá, onde o público se porta como fantasma a observar um ato real de epifania cênica como assistir a um filme sem a tela do cinema. Tudo, porém, é acompanhado com uma câmara que não ignora o público, mas pode ser manipulado livremente na montagem, servindo como eternizado do efêmero.
No docteatro eu coloco uma proposta de interação do ator com um objeto escolhido arbitrariamente segundo um propósito. Neste caso o texto se funde ao ator partindo do objeto e a plateia é a própria equipe que trabalha no documentário. O ator terá um espaço limite para “criar” baseado no sentimento que o objeto gerou nele naquele instante, aí segue o processo de gravação já realizado anteriormente, neste caso a manipulação da edição é restrita quanto ao ato do ator, nos fatos marginais a isto o editor/criador poderá exercer seus propósitos estéticos.

Diego Marcell

20/12/2012

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