21.10.13

Antropologismos à partir dos gregos saltando aos brasileiros


            Os gregos do auge foram o povo mais fascinante que se pode admirar até hoje, ninguém os superou em questões pontuais, talvez por eles terem chegado até o ápice cedo de mais para a história, claro que não estou falando de objetos, mas de intelectualidade, nem precisamos citar a filosofia, podemos falar da arte, do esporte, do pensamento metafísico; e se a impossibilidade de unificação política foi o seu fim, isso se deve pelo nível que se punha o individuo desde aquele tempo, se até na pós-modernidade existem sociedades arcaicas, apesar de usufruírem da alta tecnologia, os gregos de 3.000 anos atrás conseguiram exercer o topo da intelectualidade mesmo num mundo de objetos e contextualidade compatível historicamente, o que nos transporta à mentalidade de um povo como instituição além-cultural, sendo isto inerente à sua mentalidade e concepção sociológica subjugada à uma antropologia saída dos territórios costumeiros.
            Numa visão brasileira do assunto à incompatibilidade grega está em não supervalorizar suas questões incertas, diferentemente deste povo tão sedento pelo novo e tão sem raízes visíveis e grossas, estamos divididos em fios que nos originam confusos – apesar de tão afirmativos e opinativos – desde Portugal, que nos leva a perguntar o quanto nós levamos da cultura/pensamento árabe em nossos dias? Em que força sobressai e sobrevive nossa latinidade?
            Um povo que se forma com duas quantidades de povos primitivos explorados e um povo avançado explorador e cheio de entraves de identidade com outro povo avançado, porém místico, só poderia gerar esta confusão. Os índios, por exemplo, a seu tempo (ou ausência de) jamais chegariam às nuances técnicas por ser sua forma de pensar diferente, sob outros valores antropológicos, essas sociedades tem em suas características tudo que sua gente pode expressar, não como individuo, mas como povo, assim como algumas tribos africanas; já outros povos americanos possuíam outra possibilidade antropológica, que não sei se temos como avaliar corretamente depois do que lhes ocorreu.
            Hoje em dia formar um povo em características é inviável, claro que haverá desmantelamento das sociedades restantes até que ocorram graves problemas globais e tornem a se constituir sociedades primarias, afinal é com crises que se faz o novo e se tudo ocorrer como se indica e espera, estamos em vias da Grande Crise.

Diego Marcell

18-10-2013

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