Os
gregos do auge foram o povo mais fascinante que se pode admirar até hoje, ninguém
os superou em questões pontuais, talvez por eles terem chegado até o ápice cedo
de mais para a história, claro que não estou falando de objetos, mas de
intelectualidade, nem precisamos citar a filosofia, podemos falar da arte, do
esporte, do pensamento metafísico; e se a impossibilidade de unificação política
foi o seu fim, isso se deve pelo nível que se punha o individuo desde aquele
tempo, se até na pós-modernidade existem sociedades arcaicas, apesar de usufruírem
da alta tecnologia, os gregos de 3.000 anos atrás conseguiram exercer o topo da
intelectualidade mesmo num mundo de objetos e contextualidade compatível historicamente, o que nos transporta à
mentalidade de um povo como instituição além-cultural, sendo isto inerente à
sua mentalidade e concepção sociológica subjugada à uma antropologia saída dos territórios
costumeiros.
Numa
visão brasileira do assunto à incompatibilidade grega está em não supervalorizar
suas questões incertas, diferentemente deste povo tão sedento pelo novo e tão
sem raízes visíveis e grossas, estamos divididos em fios que nos originam
confusos – apesar de tão afirmativos e opinativos – desde Portugal, que nos
leva a perguntar o quanto nós levamos da cultura/pensamento árabe em nossos
dias? Em que força sobressai e sobrevive nossa latinidade?
Um
povo que se forma com duas quantidades de povos primitivos explorados e um povo
avançado explorador e cheio de entraves de identidade com outro povo avançado,
porém místico, só poderia gerar esta confusão. Os índios, por exemplo, a seu
tempo (ou ausência de) jamais chegariam às nuances técnicas por ser sua forma
de pensar diferente, sob outros valores antropológicos, essas sociedades tem em
suas características tudo que sua gente pode expressar, não como individuo, mas
como povo, assim como algumas tribos africanas; já outros povos americanos possuíam
outra possibilidade antropológica, que não sei se temos como avaliar
corretamente depois do que lhes ocorreu.
Hoje
em dia formar um povo em características é inviável, claro que haverá
desmantelamento das sociedades restantes até que ocorram graves problemas
globais e tornem a se constituir sociedades primarias, afinal é com crises que
se faz o novo e se tudo ocorrer como se indica e espera, estamos em vias da
Grande Crise.
Diego Marcell
18-10-2013
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