A
evidência de que o mal se instaurou no mundo através da razão humana fica claro
por ser esta espécie a única que necessita de leis, ao escapar à natureza, ao
deixar de ser pelo instinto esta espécie tem na hipotética liberdade de criar, a
sua escravidão, o homem é escravo da razão e não pode fugir à desordem que ele
mesmo causa na forma de sociedade.
O
fato de existirem leis civis é a evidencia do mal habitado pela espécie humana
num contexto antes livre pela ausência do mesmo, mas que surge como câncer do
mundo, talvez como causalidade defeituosa da própria natureza assim como ocorre
no corpo animal pela má formação de suas células, o homem, portanto, é esta
célula cancerígena do planeta e a sociedade o seu tumor maligno.
As convenções sociais aplicadas desde
a infância formam o individuo condicionado não pela razão, mas pelo costume;
vamos reduzir a sociedade a uma república pequena num apartamento de uma
metrópole onde cada ator é oriundo de uma cultura familiar especifica. Vamos mostrar
que mesmo sob leis a sociedade se apresenta corrompida dentro de suas próprias normas
e que é impossível obedecer até mesmo às leis que o homem social escolheu para
regê-lo.
Nesta
republica cada ator chega com suas leis domesticas, com o passar do tempo as
leis de uns fere as leis dos outros, com isso eles passam a desenvolver suas
leis ‘universais’, no caso, algumas normas gerais para o convívio doméstico. Mas
até no microcosmo em questão sob determinações simples e mesmo que a principio não
praticadas anteriormente no local de origem, mas fixadas de comum acordo e,
portanto possíveis de serem cumpridas, mesmo diante destas condições estas leis
não se cumprem à risca, pois o costume que é a aplicação de fatos na infância ainda
sobressai a razão, porém este costume não é tão-pouco o instinto, não podendo
ser delegado qualquer mérito a tais ações pois ferem o acordo submetido pelas
partes.
Também
se faz pelo comodismo (decorrência do costume) a anulação de qualquer percepção
racional para o bem do contexto social pelo individuo estar interessado tão
somente em suas futilidades, estas são as paixões, os desejos, todos objetos
corrompidos do ser que já não se submete ao instinto. Deixando evidente, agora,
também na visão do macro que a sociedade falha grandemente.
Algumas
sociedades (nações) europeias, por exemplo, como a Noruega, funcionam melhor e
se veem menos transgredindo suas próprias leis por serem as mesmas oriundas de convenções
para o costume muito parecidas, apresentando educação domestica convergente ao
pensamento social do país, onde as leis se fizeram também por este viés. Isso mostra
que uma sociedade pluralista é prejudicial a ela mesma, os países colonizados
tem a grande dificuldade de organização devido a multiplicidade de aspectos que
desde sempre lhe envolveram, desde trazer (impor) uma nova religião, formas de
poder e inúmeros signos até então inexistentes sem ter havido um processo de
assimilação.
Diego Marcell
24-08-2013
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