24.8.13

A evidência maligna da razão exposta na lei


            A evidência de que o mal se instaurou no mundo através da razão humana fica claro por ser esta espécie a única que necessita de leis, ao escapar à natureza, ao deixar de ser pelo instinto esta espécie tem na hipotética liberdade de criar, a sua escravidão, o homem é escravo da razão e não pode fugir à desordem que ele mesmo causa na forma de sociedade.
            O fato de existirem leis civis é a evidencia do mal habitado pela espécie humana num contexto antes livre pela ausência do mesmo, mas que surge como câncer do mundo, talvez como causalidade defeituosa da própria natureza assim como ocorre no corpo animal pela má formação de suas células, o homem, portanto, é esta célula cancerígena do planeta e a sociedade o seu tumor maligno.
            As convenções sociais aplicadas desde a infância formam o individuo condicionado não pela razão, mas pelo costume; vamos reduzir a sociedade a uma república pequena num apartamento de uma metrópole onde cada ator é oriundo de uma cultura familiar especifica. Vamos mostrar que mesmo sob leis a sociedade se apresenta corrompida dentro de suas próprias normas e que é impossível obedecer até mesmo às leis que o homem social escolheu para regê-lo.
            Nesta republica cada ator chega com suas leis domesticas, com o passar do tempo as leis de uns fere as leis dos outros, com isso eles passam a desenvolver suas leis ‘universais’, no caso, algumas normas gerais para o convívio doméstico. Mas até no microcosmo em questão sob determinações simples e mesmo que a principio não praticadas anteriormente no local de origem, mas fixadas de comum acordo e, portanto possíveis de serem cumpridas, mesmo diante destas condições estas leis não se cumprem à risca, pois o costume que é a aplicação de fatos na infância ainda sobressai a razão, porém este costume não é tão-pouco o instinto, não podendo ser delegado qualquer mérito a tais ações pois ferem o acordo submetido pelas partes.
            Também se faz pelo comodismo (decorrência do costume) a anulação de qualquer percepção racional para o bem do contexto social pelo individuo estar interessado tão somente em suas futilidades, estas são as paixões, os desejos, todos objetos corrompidos do ser que já não se submete ao instinto. Deixando evidente, agora, também na visão do macro que a sociedade falha grandemente.
            Algumas sociedades (nações) europeias, por exemplo, como a Noruega, funcionam melhor e se veem menos transgredindo suas próprias leis por serem as mesmas oriundas de convenções para o costume muito parecidas, apresentando educação domestica convergente ao pensamento social do país, onde as leis se fizeram também por este viés. Isso mostra que uma sociedade pluralista é prejudicial a ela mesma, os países colonizados tem a grande dificuldade de organização devido a multiplicidade de aspectos que desde sempre lhe envolveram, desde trazer (impor) uma nova religião, formas de poder e inúmeros signos até então inexistentes sem ter havido um processo de assimilação.

Diego Marcell

24-08-2013 

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