Historicamente quem possui algum
mérito teve em sua existência duvidas, tanto quanto a existência, quanto ao seu
intimo, ou aquilo que o envolve, mas tudo corelacionado a estes dois fatores.
Buscando conhecer os esquemas,
pensamentos ou alguma linha de estudo, ao entrarem em contato com formulas
geralmente glorificadas, saem deste encontro para um fenômeno de crise, uma
insurreição para se renovar a historia através do nascimento, da novidade de um
sujeito até então geralmente débil em se tratando do que os sistemas julgam que
sejam os seus modelos, para então mostrar que estes modelos são apenas reproduções
sem identidade, são instrumentos de reflexão do sistema que de forma alguma
seriam ouvidos pelo primórdio daquilo que agora é repetido, assim é hoje nas
Universidades que formam especialistas na obra do outro, evidencia-se a negação
da possibilidade de hoje haver ou poder surgir um filosofo.
Não via de modo algum que me
julgassem inferior a meus colegas, embora entre eles houvesse alguns já
destinados a ocupar os lugares de nossos mestres. (DESCARTES, p. 12)
A não ser que o milagre metafísico a
exemplo de Descartes que ao terminar os estudos, mude totalmente de opinião
encontrando ou a ignorância, ou a ignorância no que o cerca, neste mundo, ou no
academicismo caquético; ou vislumbrando uma saúde, uma luz perdida na neblina,
que nos remete novamente a questão principal, a origem destes diferentes: trauma?
Angustia? Escolha divina? Interferência genética e social que se combinam para
este perfeito fenômeno?
Sabemos somente que estes são agraciados
pela possível interpretação do mundo que dos sistemas, sendo que o mundo
intelectual é um interpretador de sistemas, métodos, doutrinas e que o mundo não-intelectual
é apenas submisso dos sistemas, métodos, doutrinas; há também os sonhadores,
que inventam leituras fantasiosas do mundo como se fossem os próprios sistemas,
métodos, doutrinas, ou como se os mesmos fossem os novos interpretes do mundo,
porém, não o são por não agirem na (pela) metafísica, mas apenas na mística sem
razão, o que os leva ao não-lugar, apesar de se ilustrarem os próprios donos da
razão, são totalmente estranhos a ela; os filósofos, porém, oriundos da
Metafísica, tem na razão sua conduta, não são interpretes totais do mundo, mas
leitores do mundo capacitados a interpretarem de alguma forma a vida.
Diego
Marcell
17-05-11
Referencia
DESCARTES,
René. Discurso do método. São Paulo:
Escala educacional, 2006.
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