Os livros que lemos, estas historias
criadas pelos artistas da palavra não precisam ser exatamente literais,
acabados e totalitariamente materiais em nós, mas basta-lhes ser o que de maior
lhes valha, que é: serem mundos subjetivos que habitam em nós pelas imagens que
criamos ao ler e que virão à vida a qualquer momento ao cruzarmos pela física com
a memória pela associação de fatos e ambientes que depois de originados pela
junção de substratos corroboram com o “eu” no ser no mundo por algum mundo
atual, momentâneo de fatos e imagens arquivadas que fazem sentido no momento
presente do ato que é chamado para ser/fazer-se existir no agora.
Posso jamais reproduzir qualquer
livro, mas o tenho num balaio de sensações que seguem comigo e dialogam com a
realidade e me enriquecem para qualquer devir.
A boa criação literária só é quando
nos eleva por conceitos que vão muito além do texto pelo texto, da história
pela estória, da estória pela história, da história pela história ou da estória
pela estória. A estória deve ter a alma do mito que apresenta ao ser humano um
caminho a ele comum e inerente pela ficção, ou seja, a criatura ensina o
significado ao criador do seu ato de criar, é a metalinguagem sensorial daquele
que decide sair logo após completar algumas paginas do seu livro para vê-lo
materializado em si no encontro com a vida, a fantasia que é criada a partir de
alguma realidade, mas que só pode existir efetivamente se fizer seu retorno à
vida pela manifestação do avatar na coletividade do Cosmo.
Alguns são mestres nisso, e creio
serem eles mesmos os que agora habitam em nós na mutação mágica que é a literatura
no leitor que tem gene mutante na alma e à alimenta de palavras significativas.
Estes circulam mutados das mais diversas formas.
Diego
Marcell
12-04-12
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