Como manter “ecclesia reformata et
semper reformanda” sem compreensão teológica dentro dos contextos sociais onde
a ética moverá sua fluência variável e estática, pluralista e individual?
Para formar uma teologia cristã, reformada
e atual, centrando e unindo os caracteres inerentes da sua estrutura, onde a
ética é parte deste gene que nasceu, desenvolveu e modificou-se tantas vezes,
muitas delas cumprindo o “slogan” proposto e se reformando, mas muitas outras
apenas mudando sem corresponder com seu principio, sendo carregado pelas
vertentes discordantes e incoerentes do racionalismo e do fundamentalismo,
necessitando da teologia, e necessitando portanto, da centralidade.
Nos estereótipos formados pelas nomenclaturas,
se acadêmicas, transformando assim, num intelectualismo banal, que tenta
igualar-se a uma filosofia acadêmica já desgastada e/ou a uma ciência, mas não passando
de pseudo-cientifico no seu teórico resmungo literário; seu oposto então, a irreflexão
da espiritualidade cega que vê o perigo nesta palavra “teologia”, rasgando todo
histórico religioso/cultural que envolve este conceito no âmbito espiritual do
ser humano e suas sociedades, ao deturparem um ato teológico pelo conceito
racionalista desta teologia nascida no iluminismo, formando o distanciamento e
a fragmentação do que nasceu unido e indissociável.
A ética então caiu em desuso da sua
praticidade em ambos extremos. Se no acadêmico ela se restringe a abstração intelectual,
no eclesial ela perde a referencia concedida pela razão, sendo formulada a
partir de novos conceitos apenas empíricos, as vezes individuais para um todo e
tendenciosos pelas vias cegas da ignorância.
A proposta que nasceu da reforma para
sempre se reformar entende na unicidade da teologia que abarca sua ética social
e seu envolvimento eclesial de missão e comunidade ministerial o discernimento através
destes três pilares que não se separam e só assim podem ser efetivos no
cumprimento da sua ação de igreja e fazer teológico nos contextos que nascem ou
para onde migram, adquirindo, então as formas de se manifestarem e serem nestes ambientes como expoentes de
todo seu papel, desde comunitário, religioso e acadêmico/intelectual como ainda
cultural para só assim e desta maneira poder ser a igreja coerente e ter
discurso envolvido neste espaço, fazendo-se habitar como entidade cristã a
partir da pratica de reforma constante no tempo presente e deixar de ser vulto
da tradição que perdeu o significado da sua motricidade inicial e, pelo
contrário, ficar restrita a uma estética destituída de atributos que refletem
na sua atualidade a sua existência/função/relação.
Diego
Marcell
18-03-2012
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