Em
tempos marcados por noções estratégicas de marketing e administração dentro das
igrejas que vêem no crescimento o fim ultimo da realização divina na terra,
baseados nisso devemos retroceder ao máximo na relação igreja / indivíduo
social, utilizando do dom do pastorado para reencontrar a junção que faz a
comunidade na velha noção bíblica de objetividade comunitária religiosa.
A
igreja contextual (que se materializa no espaço) sul-americana e mais,
brasileira, em suas inúmeras propostas missionais, teológicas, sociais, ecumênicas
por mais que tenha se descoberto em sua identidade ao longo destes 40 anos, tem
fracassado em sua longevidade de comunicação e expansão para além de alguns
poucos teólogos diretamente ligados a estes assuntos, o que abre novo tópico
para refletirmos dentro da Igreja Brasileira pós-moderna.
Como
aspecto primordial a nossa educação teológica e nosso exercício intelectual
devem começar o quanto antes a mudar, em âmbitos gerais, mas antes ainda é preciso
descobrir como o fazer. A igreja pensante socialmente em suas facetas expostas
brevemente na Teologia da Libertação, na Missão Integral, na Fraternidade
Teológica Latino-Americana e em outros, deve vazar para além dos seus
envolvidos pelo querer destes em estarem expostos a qualquer possibilidade de
inovação dos avulsos ou não que se possam surgir em suas direções, e isto abre
possibilidade pelo caminho inverso de querer este encontro indo de encontro a
aqueles que não possuem conhecimento (as várias instituições) devido nossa
limitada educação teológica brasileira.
Se
eu como individuo atuante e preocupado com as questões sociais que a igreja
deve envolver-se baseado que a fé cristã não está dissociada dos Direitos
Humanos, devo encaminhar minha comunidade ao dialogo num sentido bem mais amplo
pela realidade brasileira que em nosso papel local se fará atuante numa unicidade
ideológica nacional, mas para isso deveria haver uma aproximação para além da
mera teoria ou das fechadas rodas eclesiásticas oficiais. Independente disso,
minha comunidade deve ser atuante em seu local (rua, bairro, cidade, dependendo
de suas condições espaciais) como manifestação do Reino de Deus que é de
justiça em prol da igualdade de todos, como ser pensante do Todo que faz parte
e não da exclusiva participação para dentro das paredes do templo e de suas
diretrizes políticas internas ou segundo um “líder”, mas se apresentando
verdadeiramente como Igreja, ou seja, comunidade que dialoga e age em muitas
vozes num ponto comum de igualdade e justiça.
Diego Marcell
26-12-2011
impossível aceitar uma realidade que diverge destas considerações,
ResponderExcluire ao mesmo tempo impossivel encontra-la!