6.10.11

Sentimento? Que sentimento?

Meu sentimento e os erros do homem ainda são tão arcaicos como naquele tempo onde os homens eram sós com suas imagens e postes ídolos, tradicionalmente e incorruptivelmente condenados pelos ancestrais, raças e famílias. Onde até os profetas cometiam absurdos.

Mas não é sobre programas de computador que eu queria falar, talvez eu quisesse fazer algo contemporâneo para manter-se destacável e fresco, mas o sentimento é o mesmo e tão gasto que seu cheiro já passou de sabor.

Nem sobre velhice, nem juventude, apenas o tempo que decorre da cabeça, jovem sim, mas triste, passado, enxuringado. Vista suas fardas, rotas, sem precisar convocar o dicionário, me ensine novamente, me lembre, de como se escreve em bom e criativo português particular e brasileiro acima de tudo.

Quanta particularidade em programas de computador, como ser original no século XXI? Estou tentando descobrir.

Minhas particularidades a parte, ou não tão a parte, já que isso que falarei atinge diretamente minha particularidade... sentimental ...de momento... (falhas de memórias, perda de palavras, estão quebrando o ritmo)... falar com o “povo”, povo em si, massa, é algo excepcionalmente irritante, existem três candidatos a prefeitura, todos reclamam da condição da cidade, dois candidatos com problemas judiciais, o atual prefeito e o anterior, e uma nova cara, apoiada pelo ultimo período descente do município na política; pela lógica o terceiro deveria ser eleito, mas não, o povo é todo confuso, em primeiro ficou o ex-prefeito cassado em seu mandato e não poderá nem assumir o atual, em segundo o atual prefeito que está prestes a ser cassado e em terceiro quem pelo mínimo de inteligência dos eleitores deveria assumir. Outros tantos exemplos neste mesmo ano em outras prefeituras, no próprio governo brasileiro, então não vou me afundar na política do povo que é a vergonha, a vida do brasileiro, que tem preguiça de aprender, de trabalhar, só não tem preguiça de fazer sexo e gerar muitos desse mesmo nível.

Foi só mais um cliente brasileiro que tem preguiça de ler e aprender que me visitou e me fez lembrá-los neste texto. Talvez por isso também influenciar esse sentimento que me perturba.
Escrever por quê? Para ler, escrever, ler para escrever, nada disso é regra. E me irrita os erros de computador, não bastam os erros humanos ainda temos que suportar erros de computador que em sua programação ignora nossa raiva, ainda me fazendo saber que se eu quebrá-lo ele de nada vai sentir. Por mais errado que eu escreva, os computadores perdem, por mais errado que eu fale, o povo perde em interpretação. Quanto menos eu falar, é menos que eu jogo fora. Por isso escrever é falar comigo e passar alguma idéia é se por acaso cai na mão de alguém. Sempre há algum conteúdo extra-lírico.

Então volto ao lirismo sentimental do interior de uma alma. Depois de muito ler e ainda pouco assimilar, já que eu compreendo, interpreto, mas os lapsos me impedem de confirmar, isso ou aquilo. Até algo muito batido depois de algum tempo perde a forma. Por isso a melhor maneira de conversar é jogar palavras soltas no ar e formar um discurso abstrato sobre assuntos ainda em temperatura que não precise ser requentado em um microondas. Ou isso, ou não usar palavras minhas.

E quanto ao meu sentimento? Ainda não falei nada dele. Será que é melhor assim, guardá-lo para mim no caso disso cair em outras mãos?!

Diego Marcell
25/10/08

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