Eu sou o único entediado com a
contemporaneidade? Com os jogos eletrônicos, com as imagens eletrônicas, com as
terminologias de internet? Eu sou o único sem anseio pela novidade generalizada
de atitudes sem conteúdo, de reprodução em massa? Eu sou o único sem tesão na
última tecnologia? Eu sou o único que tem asco das legendas cheias de ambivalência
hipócrita e psiquicamente mal resolvidas das redes sociais?
Eu sou o único que não acha um
problema não jogar o jogo? Eu sou o único que não julga a opção de não se jogar
o jogo? Eu sou o único que não acredita que se deva aceitar as regras desse
jogo?
Eu sou o único a achar que o ouro é
falso? Eu sou o único a sentir que a música é chata? Eu sou o único a pensar
que o filme é idiota? Eu sou o único a perceber que a cultura vendida e
absorvida é perda de tempo?
Eu sou o único que não acredita nos
amuletos? Eu sou o único que não inveja os líderes? Eu sou o único que não segue
os mestres? Eu sou o único que não veste a marca? Eu sou o único que não chora
o drama, que não ri o romance, que não festeja as datas paradas no tempo? Eu sou
o único que não come a sobremesa, que não bebe ayahuasca e que não quer saber
do Neymar? Eu sou o único pra quem 7 a 1 não significa nada?
Eu sou o único que nunca votou no PT
e jamais votaria no Bolsonaro?
Diego
Marcell
05/06/18
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