28.6.18


Eu sou um blues sem encruzilhada
Anja negra te espero em neon
Bebo vermouth
Num piano de calda
Sua calda deliciosa
Na minha bola de sorvete
Estou num vagão
Vago pela noite
Com caneta na mão
Risco a ponte sobre o rio
As cartas que te envio
Sem assinar
Índia sexy em Bauhaus
Cinza tevê fora do ar
Da sua janela meu letreiro
Um poema concreto
Sem mensagem pra decifrar
Estou de partida
O velho destino das antenas no chão
Pra sintonizar sua imagem
E lembrá-la deprimido de solidão
Garota de couro e scarpin
Negra na noite de mercúrio
Como poderei sumir
Sem o alado gosto do seu lábio

Diego Marcell
18/05/18

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