Analisando minha vida, minhas
relações, tentava chegar até minha infância nos períodos traumáticos e não me
vi em nenhum momento afetado por bullying por mais que fossem minhas fraquezas,
atrasos e campos de possibilidade onde ocorriam de fato, mas, raramente entre
os iguais, ou seja, era comum ser realizado por mais velhos/maiores, o que já
denotava a inferioridade destes, sendo que eram valentões com pequenos, assim
sendo, creio que inconscientemente não me fazia afetar. Vejo que me satisfazia
a vida com uma beleza fundamental justamente a criação de acontecimentos
interessantes, sendo assim minha inteligência parecia desviada a estas
paragens, pois eram os alimentos da vontade; se assim o é de fato, então posso
pensar que o artista que se configura hoje, ou melhor, amanhã no pós-arte, é de
alguma forma destinado aos interesses de uma natureza, mesmo que agora não seja
validado, por qualquer corrupção da mídia/espetáculo. Minha analogia, portanto,
vem dessa relação que eu tinha com os eventos que me fizeram até certo ponto
destinarem minhas críticas - com relação a uma formação do eu – à família que à
sociedade. De alguma maneira eu já era um performer, a matemática não me
interessava porque era rígida, sem possibilidades, assim com gradativos níveis cada
matéria e professor me desinteressava. Me interessava as piadas, as brigas, os
jogos e as transgressões, ou seja, as possibilidades de experiência genuína das
relações nestes acontecimentos.
Diego Marcell
16/09/17
/Vida-performance
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