Nas minhas videoperformances eu coloco-a na outra margem, a
margem da criação, da criação das ficções e dos ideais de um mundo apenas,
sendo assim, preciso dos atores pois a estes a direção é facilitada pelos
inúmeros exercícios que os libertam de certas amarras (nas obras das quais há
estes direcionamentos). A vida-performance em si, é diária desde feitura das
necessidades fisiológicas aos abstratos, digo portanto que havendo a margem,
diminuem-se gradações de ficções ou autoentendimento/conhecimento no mundo.
Tecnicamente como linguagem artística ela envolve a câmera
como ator. Descola o ator (segundo) em seu exercer à realidade do ato que
preconiza uma criação. Onde esta criação é refém do autoconhecimento da pessoa
ante o ator. Já o performer, este passa a ser além do ator, o criador da
misancene.
Para a realidade do fenômeno em sua objetividade: o público;
ele tem como fundamento de que o que a câmera produz é o mesmo artifício que o
performer que opta por uma sala escura, com pouca luz do fenômeno com plateia in
loco. Importa saber que o alvo mesmo as cegas existe, assim ele age com o devir,
o tem em um personagem um artifício fundamental da misancene do que era a coisa
em si, sendo que a câmera é um cyborg da linguagem em si.
Diego Marcell
19-07-2017
/videoperformance
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