14.8.17



Nas minhas videoperformances eu coloco-a na outra margem, a margem da criação, da criação das ficções e dos ideais de um mundo apenas, sendo assim, preciso dos atores pois a estes a direção é facilitada pelos inúmeros exercícios que os libertam de certas amarras (nas obras das quais há estes direcionamentos). A vida-performance em si, é diária desde feitura das necessidades fisiológicas aos abstratos, digo portanto que havendo a margem, diminuem-se gradações de ficções ou autoentendimento/conhecimento no mundo.

Tecnicamente como linguagem artística ela envolve a câmera como ator. Descola o ator (segundo) em seu exercer à realidade do ato que preconiza uma criação. Onde esta criação é refém do autoconhecimento da pessoa ante o ator. Já o performer, este passa a ser além do ator, o criador da misancene.

Para a realidade do fenômeno em sua objetividade: o público; ele tem como fundamento de que o que a câmera produz é o mesmo artifício que o performer que opta por uma sala escura, com pouca luz do fenômeno com plateia in loco. Importa saber que o alvo mesmo as cegas existe, assim ele age com o devir, o tem em um personagem um artifício fundamental da misancene do que era a coisa em si, sendo que a câmera é um cyborg da linguagem em si.

Diego Marcell
19-07-2017
/videoperformance

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