26.9.16

Eis as segundas-feiras


A casa fede a ressaca
Cheira a tontura
Pleiteia o nunca vindo
Uma convocatória na eminência de WO
A veia suja de enchente
A bombear espírito de sarjeta
Grilhões de reles pública
 Torturando a essência do existente
Chagas de deuses de porcelana
A tilintar stigmata aviltante
Dos exílios da alma
Eis as manhãs de segunda
Onde o mar coberto de zinco
E a praia recolhida em valise
São produtos para entubar
Ração de carne humana
Onde a autofagia
Direito/dever
Nos condiciona às prateleiras
Do estado/mercado
Sob a égide do audiovisual autdoor
A espalhar pelo ar
Tecnovírus em randômicas mutações
Eis as segundas-feiras

Diego Marcell

26/9/16 

Nenhum comentário:

Postar um comentário