Se
acreditasse em minhas palavras
As
frases não seriam interrompidas
Os
significados não seriam deturpados no ouvido
O
sentido final seria preservado.
Se
minhas palavras tivessem legalidade
Meu
rosto não mudaria
Meu
dia não se arruinaria
Minha
vida não findaria.
Se
minhas palavras tivessem consistência
Mudaria
todo um cosmos de existência
Haveria
paciência
E
o amor conservaria o que se definha.
Mas
as palavras não querem dizer nada
E
sofrer foi o único bem concedido ao nascer
De
todo aquele ser
Humano
e social, político animal
Bípede
implume
Que
se mata por palavra
Pois
a fala não está imune
Ao
outro.
Os
ruído dos mundos completos do alheio
É
que jogam as palavras pra escanteio
Enquanto
esperneio
Nas
ceras de ouvidos seu Ícaro encardido
Prestes
a derreter no sol da mente
Nas
trapaças de travesseiro
Destes
mundos inteiros.
Diego
Marcell
27/7/15
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